Secretário garante apartamentos para 680 famílias da Vila Liberdade

O secretário municipal de Direitos Humanos, Luciano Marcantônio, garantiu que as 680 famílias que atualmente moram na Vila Liberdade, incluindo as 150 que tiveram suas casas incendiadas no domingo passado, serão reassentadas na mesma região em dois condomínios populares que serão erguidos pela Prefeitura dentro do programa Minha Casa, Minha Vida. A promessa foi feita hoje (6/2) durante depoimento na Câmara Municipal de Porto Alegre, onde Marcantônio esteve a convite dos vereadores.

Segundo o secretário, a área onde houve o incêndio foi cercada pela Prefeitura para que outras famílias não ocupem o local, o que prejudicaria a construção de um dos condomínios projetados para o terreno. "Desde o incêndio, a Prefeitura tem dado toda assistência às famílias, que estão abrigadas numa escola do bairro ou alojadas, por vontade própria, no leito da avenida Voluntários da Pátria", afirmou Marcantônio.

O titular dos Direitos Humanos informou que, além do conjunto de prédios previsto para a área onde houve o incêndio, na rua Frederico Mentz, 65, será erguido um segundo empreendimento no número 303 da mesma rua. Marcantônio disse que a Prefeitura pagará aluguel social ou construirá casas ecológicas de emergência para as 150 famílias que tiveram as moradias consumidas pelo fogo. "Caberá a cada família fazer sua opção", explicou o secretário. Ele acrescentou que todas as decisões envolvendo a Vila Liberdade, como a remoção de famílias e a construção dos condomínios, foram debatidas no domingo entre a Prefeitura e a comissão de moradores da região.  

O diretor-geral do Demhab, Everton Braz, confirmou a informação do secretário de Direitos Humanos sobre a construção de dois condomínios verticais (complexo de prédios de cinco pavimentos) em duas áreas da Vila Liberdade. Ambos serão erguidos na rua Frederico Mentz. Conforme o arquiteto Fernando Biffignandi, do Demhab, os prédios terão apartamentos de 50 metros quadrados, com dois ou três dormitórios, e sacada de 2,5 metros. Cada bloco terá espera para elevador. Os condomínios terão ainda prédios para posto de saúde, creche e associação comunitária, praças de lazer, estacionamentos e ciclovias.