Tribuna Popular

Servidores defendem manutenção da Caixa Federal como órgão público

Associação de Pessoal da CEF lamentou ataques que instituição vem sofrendo

Associação da Caixa Econômica Federal do Rio Grande do Sul fala sobre a campanha em defesa da Caixa do Povo 100% Pública. Orador: Marcos Leite de Matos Todt.
Marcos Todt falou em nome da APCEF/RS na Tribuna Popular, nesta segunda-feira (Foto: Luiza Dorneles/CMPA)
Marcos Leite de Matos Todt defendeu nesta segunda-feira (20/11), na Tribuna Popular da Câmara Municipal de Porto Alegre, a necessidade de se discutir a importância e o papel dos bancos públicos para o atendimento não apenas da população, mas também para a manutenção da soberania do País. Todt, representando a Associação de Pessoal da Caixa Econômica Federal do RS (APCEF/RS), ao falar ao plenário durante a sessão ordinária desta tarde, também solicitou que vereadores e vereadoras encaminhem Moção de Solidariedade à campanha Caixa do Povo 100% Pública.

Conforme o diretor da APCEF/RS, a estrutura e os trabalhadores da Caixa Econômica Federal (CEF) vêm sofrendo ataques duros, que incluem a redução em 15% do quadro de pessoal, além da redução no número de agências. “Nos últimos dois anos tivemos três planos de demissão voluntária, e nenhuma contratação”, lamentou. “É pertinente discutir o papel de um banco público”, salientou ele, ao lembrar que esse tipo de instituição não trabalha apenas financeiramente, mas também com o fomento à cultura e ao esporte.

Na questão exclusiva da CEF, Todt observou ser este o principal órgão responsável pelo financiamento da habitação no Brasil. “Infelizmente os bancos privados não têm preocupação com o social e com o desenvolvimento do país”, disse. “Apesar da economia em recessão, os privados continuam tendo lucro, mesmo fechando agências”, completou. Conforme dados listados por ele, no Rio Grande do Sul apenas 109 municípios têm bancos privados. “Em 248 cidades, dois milhões de gaúchos são atendidos apenas por bancos públicos. São fundamentais para o atendimento das populações que mais necessitam”.

A CEF é o primeiro banco no país na questão poupança e habitação, o segundo em carteira de crédito e o terceiro em carteira de ativos, como destacou Todt em seu pronunciamento em defesa da Caixa. “Somos a quinta marca mais valiosa do país”, citou, ao dizer que em 2016 a entidade aplicou R$ 30 bilhões em benefícios sociais e R$ 5 bilhões em seguridade social, esporte e cultura, de recursos provenientes de loterias. “Faz parte de nossa identidade como servidores da Caixa atender a população”, salientou ele, e finalizou: “Também temos orgulho em fazer este debate (em defesa da CEF) sempre que preciso”.

Texto: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)