Sessão Ordinária / Lideranças

Os vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre, durante os períodos de Comunicações e Lideranças da sessão ordinária desta quarta-feira (23/10), trataram dos seguintes temas:

PREVIDÊNCIA - Eng. Comassetto (PT) informou que a bancada dele, ontem, junto com partidos progressistas “votou, no Senado Federal, e com unanimidade, contra a dita reforma da previdência”. De acordo com o parlamentar, essa reforma vem para “destruir os direitos do povo e dos trabalhadores”. A partir daí, Comassetto citou como exemplo o Chile. Salientou que a população de lá está se “rebelando contra o grande capital internacional que empobrece as famílias, que retira o direito à educação, à saúde e à aposentadoria”. E mais, afirmou que “ontem foi dado", no Congresso, "um atestado de destruição da população brasileira”. (BSM)

CHILE - Professor Wambert (Pros) deu as boas-vindas ao novos vereadores ou que estavam retornando ao Legislativo. Igualmente, na oportunidade, lamentou o que tenha ocorrido com o vereador André Carús (MDB) em que pese, para Wambert, Carús tenha tomado “decisão acertada”. Para encerrar, Wambert comentou a fala do colega Comassetto. Mencionou, então, que “quem governa o Chile, há quase 20 anos, é a esquerda”. E defendeu que, “se o caos está, hoje, lá, é por causa dos governos de esquerda”. (BSM)

AMÉRICA - Ricardo Gomes (PP) criticou discurso do Engenheiro Comassetto (PT) e "sua defesa inflamada de presidiário condenado por corrupção". Afirmou que o Chile não adota Escola de Chicago desde que Michele Bachelet governou o país e destacou protestos "contra governo do ditador sanguinário Nicolas Maduro" na Venezuela. "Maduro é consequência inevitável de Chavez." Também afirmou que governo de Cristina Kirchner, na Argentina, "escondia sacos de dinheiro" de corrupção e que, na Bolívia, o presidente Evo Morales decidiu concorrer à reeleição mesmo tendo sido derrotado em plebiscito. "Agora, dizem que o problema do Chile é o neoliberalismo. Então, protestos de 2013 no Brasil era contra o neoliberlaismo de Guido Mantega?", questionou. (CS)

LOA - Felipe Camozzato (Novo) fez relexões sobre LOA 2020 apresentado ontem na Cefor. Elogiou "a forma como o governo traz questões do déficit", que será de R$ 337 milhões. "É claro e transparente que estamos correndo atrás do prejuízo." Observou que embora pareçam grandes, os investimentos previstos de R$ 573 milhões para 2020 são muito pequenos, significando 7% de cada real arrecado de imposto, com 46 centavos deste mesmo real para despesas correntes. "Há claro desequilíbrio no orçamento." Elogiou a proposta de concessão do Mercado Público e lamentou que audiência pública sobre o assunto, hoje, "tenha sido um circo". Segundo ele, "o PT insiste na narrativa de privatização do Mercado Público, agindo de má fé e mentindo para permissionários." (CS)

PREVIDÊNCIA - Airto Ferronato (PSB) criticou "retirada gigantesca de direitos conquistados pelo povo brasileiro à sua aposentadoria". Segundo ele, foram retirados direitos dos mais pobres no Brasil. Lamentou postura de deputados e senadores "vibrando de felicidade" porque aprovaram a reforma da previdência. "Se roubam bilhões, e agora a salvação é retirar direitos dos trabalhadores. Os aposentados deixarão de receber e pagarão essa conta." Ferronato lembrou que, muito antes do que está acontecendo agora no Chile, aquele país era citado como exemplo. "Há miséria generealizada no Chile, e a grande maioria dos chilenos está amargando a dura realidade de uma aposentadoria mínima." (CS)

REPASSE - Professor Alex Fraga (PSOL) manifestou sua preocupação com "atitude do prefeito", que ontem solicitou que a Câmara fizesse repasse antecipado da sobra de recursos do orçamento anual ao Executivo. Lembrou que, em 2018, Mesa Diretora da Câmara chegou a sugerir antecipação de R$ 20 milhões ao Executivo para que fossem destinados ao enfrentamento de problemas graves da cidade, como a situação da população de rua e obras viárias. "Mas o prefeito fazer determinação ao Parlamento é, no mínimo, desrespeitoso. O repasse precisa ser conversado com o vereadores." Alex afirmou que o Executivo gasta mal o dinheiro do contribuinte. "Algo está muito errado com as finanças da cidade. Não sei se é mera incompetência ou má fé para criar caos na cidade. (CS)

CRISE - Roberto Robaina (PSOL) disse que os vereadores têm o dever de discutir o que vem acontecendo no Chile bem como o rumo do Brasil que, segundo ele, vive um momento de crise e descontentamento social. “O Chile, que sempre foi enaltecido pela grande mídia, agora vive numa grande crise”, disse o parlamentar ressaltando que aquele país vive uma rebelião popular muito forte. Ainda sobre o Chile, o vereador falou que o presidente anunciou medidas com a intenção de conter o vandalismo e compor com o povo. “Agora tenta compor e pede desculpas, mas o povo não é idiota e vai seguir lutando por seus direitos”. Ele também falou das eleições na Argentina, que ocorrem no próximo domingo. “Tudo indica que Mauricio Macri vai perder por causa de sua política neoliberal”. (RA)

RENÚNCIA - Idenir Cechim (MDB) elogiou o ex-colega André Carús que enviou carta à Câmara hoje renunciando a seu mandato. “Deu uma demonstração de respeito a essa instituição”, disse aos vereadores enfatizando a coragem de Carús. “Ele nem foi denunciado e muito menos condenado e renunciou para que essa Casa possa seguir sua missão legítima de defender o povo de Porto Alegre”. Cechim aproveitou para saudar a volta da vereadora Comandante Nádia (MDB) à Câmara. “Fez um grande trabalho na secretaria, sem pirotecnia, de forma firme e orientadora. Porto Alegre ganha com sua volta”. Cechim também enalteceu Lourdes Sprenger, que assume de forma efetiva seu mandato com a saída de Carús. “Tem um grande trabalho em defesa dos animais”. (RA)

MERCADO - Mauro Zacher (PDT) falou sobre a Audiência Pública que aconteceu hoje pela manhã em relação ao Mercado Público. Ele criticou a intenção do governo municipal que pretende entregar a gestão do Mercado para a iniciativa privada. “Não teve competência para tocar as obras e agora, de forma açodada, força a barra”, disse o parlamentar. Na opinião de Zacher, ao repassar para a iniciativa privada o governo corre sério risco de descaracterizar o Mercado. “Também não me parece que tenha segurança jurídica”, ponderou enfatizando que estará vigilante para que Porto Alegre tenha o Mercado revitalizado de fato. “Para isso, precisamos encontrar uma modelagem com qualidade e eficiência, contemplando a todos”.  (RA)

REFORMA - Claudio Janta (SD) falou sobre a Reforma da Previdência. Disse que o que estamos vendo a nível federal é o governo jogando com a vida dos trabalhadores para resolver questões da dívida da previdência. “Joga com quem trabalhou a vida inteira falando alto e rugindo, mas com os sonegadores age como um gatinho”. Falou que o governo dá prazo de até 150 anos de carência aos credores para que paguem suas dívidas com a previdência. “Aí ele é valente, mas com quem está produzindo e gerando renda não”. Falou que tem orientado os trabalhadores que o procuram para que não recolham mais para a previdência. “Digo que deixem os patrões recolherem porque eles nunca vão se aposentar por esse regime”. (RA) 

RETORNO - Comandante Nádia (MDB) agradeceu a confiança dos colegas de bancada durante sua estada na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Esporte (SMDSE) e apresentou uma prestação de contas de sua atuação à frente da pasta. “Assumi o desafio de investir na prevenção primária, oportunizando aos mais necessitados o acesso a políticas públicas”, afirmou. A parlamentar citou legados de sua gestão, como os novos restaurantes Prato Alegre, a qualificação do Sine Municipal, a revitalização do programa Cabide Solidário, a inauguração de dois novos albergues em parceria com o projeto Restaurar e três Centros POPs. “Implementamos novas perspectivas de vida para as pessoas mais vulneráveis de Porto Alegre”, finalizou. (ALG)