Tribuna Popular

Simpa pede 30 horas para assistentes sociais

Leila defendeu 30 horas para os assistentes sociais da prefeitura  Foto: Mariana Fontoura
Leila defendeu 30 horas para os assistentes sociais da prefeitura Foto: Mariana Fontoura

A diretora do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), Leila Aparecida Cunha Thomassim, defendeu hoje (18/11), na Tribuna Popular da Câmara Municipal, o cumprimento da jornada de 30 horas semanais de trabalho para os mais de 130 assistentes sociais que atuam na Prefeitura. Conforme ela, a redução está prevista na lei federal 12.317, sancionada em agosto de 2010. "Desde que a lei foi sancionada, o Simpa pede ao Executivo cumprimento da lei, sem qualquer retorno da Prefeitura", afirmou. "A redução da jornada, sem redução de vencimentos é uma recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e tem sido apontada como fator de melhoria das condições de trabalho dos assistentes", acrescentou.

Fátima Carlos Saikoski, presidenta do Conselho Regional de Serviço Social da 10ª Região, disse que a redução da jornada é uma reivindicação histórica da categoria e se baseia em estudos científicos que apontam a profissão como uma das mais expostas ao estresse. "Os assistentes têm contato direto com o sofrimento humano, não têm uma estrutura de trabalho adequada e são obrigados, cada vez mais, a enfrentar o acúmulo de funções e a tensão nas relações institucionais."

O vereador Pedro Ruas (PSOL), que se manifestou em tempo de Liderança de seu partido, defendeu também a redução através do cumprimento da lei federal 12.317/10. Observou que os assistentes sociais pertencem a uma categoria cuja profissão tem regulamentação diferenciada, assim como a dos médicos e advogados. "A realidade trazida por esta lei precisa ser respeitada pelo Executivo. E creio que a Câmara não oferecerá dificuldade para implementação desta medida no município."

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)

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Assistentes sociais defendem carga reduzida de trabalho