Situação de risco é o maior problema do Morro Santana
Cerca de 300 famílias moram em área de risco nas Vilas Laranjeira, Tijuca e Pedreira, no bairro Morro Santana. Tudo o que queremos é mais atenção para a nossa comunidade, porque o descaso das autoridades é total, desabafou nesta sexta-feira (9/12) a líder e moradora Eva Domingues, durante a visita do Câmara na Comunidade da Câmara Municipal de Porto Alegre.
Segundo Eva, o caso mais grave é o da Vila Pedreira, onde estão cerca de 50 famílias, sem saneamento básico, sem luz, e a única água vem de duas caixas do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae), de cinco mil litros cada, que não são limpas há quase um ano. E os canos que levam essa água para as casas ainda passam por dentro do esgoto, que corre a céu aberto há mais de dez anos.
Conforme a moradora, existe uma área de 10 mil metros quadrados desativada no bairro, pertencente à Associação Cristã de Moços (ACM), que poderia servir para reassentar ao menos as famílias da Pedreira. A Prefeitura está estudando o caso.
A moradora do número 458 do Acesso 6 da Vila Laranjeira, Mara Glai, afirmou que, quando chove, a água invade a casa. É horrível, é uma umidade só. E eu moro com três filhos pequenos.
Elisabete Maier, moradora do Acesso 6, s/nº, chamado Beco da Morte, vive com duas crianças em uma casa de risco. O barranco já caiu várias vezes. Cada vez que chove, desaba um pedaço. O que segura o barranco é o mato.
A presidente da Câmara, vereadora Sofia Cavedon (PT), ficou impactada com a situação. É um caso de calamidade pública. Vamos pedir providências emergenciais para o Dmae e o DEP. E o foco é o reassentamento dessas famílias com urgência. A comunidade já conquistou no Orçamento Participativo o direito de ser removida. Vamos então exigir isso do governo, prometeu. Também compareceram ao Câmara na Comunidade os vereadores Mauro Pinheiro (PT) e Toni Proença (PPL) e representantes do Executivo.
Darlene Silveira (reg. prof. 6478)
Assessoria de Imprensa da Presidência