Transporte público para a Restinga e camelódromo centralizam debates
Durante o período destinado às comunicações de lideranças, na sessão ordinária desta quinta-feira (25/11), os vereadores trataram dos seguintes temas:
LOTAÇÃO - Luiz Braz (PSDB) disse que a Casa precisa discutir a criação de linhas de lotação na Restinga. Rebateu ideia de que a opção pelo transporte seletivo naquele bairro possa ser a solução para o problema, afirmando que, neste caso, o valor da tarifa ficaria em torno de R$ 5. "Não há público na Restinga para pagar este valor", disse Braz. "É preciso buscar nova solução." Observou que, enquanto a ATL defende a criação de uma linha com carros de 25 lugares na Restinga, a ATP acha que estas características são de ônibus e não de um seletivo. "As partes envolvidos no assunto precisam chegar a acordo. Deve prevalecer interesse dos moradores." (CS)
LOTAÇÃO II - João Dib (PP) afimrou que transporte coletivo necessita planejamento, fiscalização e tarifa justa. observou que, antes da realização de estudos técnicos, não é possível calcular o valor da tarifa que uma eventual linha de lotação teria na Restinga, como afirmou Braz. "Quem cobrar tarifa muito cara não se sustentará", salientou Dib. Segundo ele, no Bairro Auxiliadora, muitos lotações disputam espaço com os ônibus. "O transporte coletivo tem de ser medido, organizado, com horário determinado, e precisa atender a coletividade, sem colocar em risco a segurança das pessoas no trânsito. A decisão deve ser eminentemente técnica, mas a tarifa não será o dobro." (CS)
CAMELÓDROMO - Sebastião Melo (PMDB) sugeriu que a CCJ realize audiência pública com a presença do prefeito para tentar buscar uma solução para os comerciantes do Blobo B do Centro Popular de Compras (CPC), o camelódromo. Melo disse apoiar a redução do aluguel das lojas na ala de menor circulação do CPC. Lembrou, porém, que a retirada dos inadimplentes está prevista em lei aprovada pela Câmara. O vereador ainda disse que a cidade não quer o retorno dos camelôs às ruas, mas não quer que eles sejam tratados como caso de polícia. (CB)
CAMELÓDROMO II - Toni Proença (PPS) disse que o problema dos camelôs do Bloco B não deve ser tratado somente como uma questão jurídica, mas humanitária. Segundo ele, não é possível que 105 camelôs sejam colocados na rua a um mês do Natal. Para o vereador, uma solução depende de vontade política. Toni lembrou que o o prefeito vetou um projeto que poderia ter ajudado a solucionar o problema: a criação de um fundo com recursos oriundos do estacionamento do CPC. De acordo com ele, o Executivo vetou a proposta em março com a promessa de mandar outra para a Câmara, o que não ocorreu. (CB)
CAMELÓDROMO III - Pedro Ruas (PSOL), que preside a CCJ, concordou com a proposta de Sebastião Melo (PMDB) de realizar uma audiência com o prefeito e os comerciantes do Bloco B do CPC para tentar buscar uma solução para o drama vivido por eles. Ruas elogiou o esforço dos vereadores que se manifestaram sobre o assunto na sessão de hoje para tentar resolver o problema. "Ese é um drama social não vivido por quem decide, mas ocorre na realidade", declarou. (CB)
CAMELÓDROMO IV - Sofia Cavedon (PT) lembrou que quem tirou os camelôs da rua foi o poder público, portanto resolver a questão é sua responsabilidade. "Eles foram tirados da rua, onde era fácil vender para um lugar fechado", afirmou. Sofia propôs que seja feito um rodízio de comerciantes dentro do CPC para que todos possam ocupar o Bloco onde há maior circulação de pessoas e, consequentemente, mais vendas. Na sua opinião, um período de três meses em lugares diferentes poderia ajudar. "Quem está no Bloco B está sendo massacrado", lamentou. (CB)
CAMELÓDROMO V - Nilo Santos (PTB) alertou que é difícil mediar a situação de quem está pior ou melhor instalado no camelódromo. "É claro que as lojas bem posicionadas acabam ganhando melhor e tendo mais recursos pra pagar seus aluguéis", afirmou ao registrar que no sorteio das bancas alguns tiveram sorte e outros tiveram azar."No entanto, isso não os torna diferentes das outras pessoas, eles continuam sendo trabalhadores querendo pagar as suas dívidas", completou. Segundo Nilo, o secretário da Smic, Valter Nagelstein, precisa entender as reivindicações dos camelôs e encontrar um entendimento para que não haja aniquilação de suas vidas. (ES)
CAMELÓDROMO VI - Reginaldo Pujol (Dem) considera a construção do Centro Popular de Compras como uma grande conquista da atual gestão. "Foi um grande avanço para o comércio popular da cidade", defendeu. De acordo com Pujol, o diálogo deve ser o melhor caminho para encontrar uma solução pro problema da inadimplência. "O que custa esperar mais 30 dias para que os devedores possam quitar suas dívidas", questionou? Para ele, o grande trabalho do CPC não pode ser afetado por problemas menores como esses. "Se essas pessoas saem de lá pra onde elas vão? Pras esquinas vender suas mercadorias. E era justamente isso que o CPC queria evitar", lembrou. (ES)
CAMELÓDROMO VII - Idenir Cecchin (PMDB) lembrou que o camelódromo de Porto Alegre está recebendo esse ano, o prêmio Top of Mind da ADVB. "Uma das entidades mais representativas do nosso estado está dando esse prêmio para um projeto que ajudou muito a cidade. Isto precisa ser festejado", argumentou. Segundo Cecchin, apenas 13% dos comerciantes estão inadimplentes - índice que, de acordo com o vereador, é muito menor do que em alguns shopping centers. "É preciso fazer justiça com essas pessoas, entender a situação de cada comerciante e colaborar dando um prazo maior para quitarem suas dívidas. "Se até janeiro não houver resposta, a Smic deverá fazer a substituição dos comércios". (ES)
Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
Ester Scotti (reg. prof. 13387)
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