Plenário

Vereadores aprovam criação de política hidroviária para o Guaíba

Votação foi realizada durante sessão ordinária realizada na tarde desta segunda-feira

  • Transporte público fluvial no Lago Guaíba. Na foto: Catamarã na travessia entre Porto Alegre e Guaíba.
    Proposta aprovada pelo plenário visa regulamentar uso do curso de água para transporte e esportes (Foto: Leonardo Contursi/CMPA)
  • Sessão ordinária híbrida. Na foto, vereador Moisés Barboza
    Vereador Moisés Barboza é o proponente (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

A Câmara Municipal de Porto Alegre aprovou, no início da noite desta segunda-feira (17/5), por 26 votos favoráveis e 10 votos contrários, Projeto de Lei Do Legislativo n° 116/18, do vereador Moisés Barboza (PSDB), que institui a Política Municipal de Sustentabilidade Hidroviária e de Estruturas Náuticas de Porto Alegre. Segundo Barboza, o propósito da Política é criar um mecanismo de planejamento e estabelecer diretrizes para a instalação e o gerenciamento das atividades socioambientais, financeiras e culturais hidroviárias da orla do Lago Guaíba, de modo integrado, garantindo a utilização sustentável, por meio de medidas de controle, proteção, preservação e recuperação dos recursos naturais.

Conforme o vereador, impõe-se a Porto Alegre ser integrada ao Lago Guaíba de forma efetiva por meio da valorização da paisagem do local, do desenvolvimento hidroviário turístico e do lazer, bem como do livre acesso da população ao local. Assim, é proposto o ordenamento do uso das faixas terrestre e fluvial, subsidiando e otimizando a aplicação dos instrumentos de controle e gestão integrada hidroviária. “O Lago Guaíba está chamando a população para usufruí-lo, cuidá-lo. Dessa forma, urge a estimulação e a utilização de embarcações como alternativa de transporte compartilhado em viagens individuais, bem como em transporte público de passageiros, constituindo espaços e sinalização específica na orla do Lago Guaíba”.

Regras

De acordo com o vereador, o projeto de lei quer regrar a movimentação de embarcações de maneira eficiente, "com ênfase na segurança e na defesa da vida", bem como reduzir a poluição atmosférica e sonora e o possível congestionamento hidroviário da orla do Lago Guaíba, que, atualmente, é percebido em torno do trecho 1, recém-inaugurado. “É flagrante o interesse do cidadão porto-alegrense em desenvolver atividades que tenham objetivos sociais, turísticos, esportivos, culturais, educacionais, científicos e recreativos junto à orla do Lago Guaíba por meio do serviço voluntário.”

Assim, segundo Moisés Barboza, a proposta busca uma política municipal para a orla do Lago Guaíba "capaz de manter a regularidade, a continuidade, a funcionalidade e a universalização da prestação dos serviços públicos municipais náuticos nos procedimentos administrativos, com adoção de mecanismos gerenciais e econômicos que assegurem a recuperação dos custos dos serviços prestados, como forma de garantir a sustentabilidade operacional e financeira da Administração Municipal".

Emendas

Protocoladas pelo autor, foram aprovadas emendas prevendo a aplicabilidade de instrumentos de controle e gestão e do Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro (PNGC). Assim como a alternativa de que a Política seja adotada isoladamente pelo município ou em regime de cooperação com outros níveis administrativos públicos e privados. 

Emenda protocolada pelo ex-vereador Ricardo Gomes, prevendo a possibilidade de um ambiente jurídico favorável a investimentos privados em serviços e infraestrutura de transporte hidroviário de cargas e passageiros, foi aprovada. 

Assinada pelos vereadores Roberto Robaina (PSol), Matheus Gomes (PSol), Bruna Rodrigues (PCdoB), Pedro Ruas (PSol), Daiana Santos (PCdoB), Karen Santos (PSol) e Aldacir Oliboni (PT), emenda que propunha considerar o Lago Guaíba como curso d'água e também que buscava mudar a definição de Área de Previsão Permanente não obteve aprovação em plenário. Já emenda protocolada pelo ex-vereador Professor Alex Fraga, que previa gratuidade em todas as atividades exploradas na orla, também não foi aprovada.

Texto

Liziane Cordeiro (reg. prof. 14176)
Priscila Bittencourte (reg. prof. 14806)

Edição

Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)