ViaVida pede apoio à doação de órgãos

A vice-presidente administrativa da Organização Não-Governamental (ONG) de apoio à doção de órgãos e aos transplantes  ViaVida, a professora Clarisa Wolff Garcez,  ocupou a Tribuna Popular da sessão ordinária desta segunda-feira (4/9). Ela lembrou que, além do Setembro Verde,  mês dedicado à conscientização sobre a importância da doação de órgãos, o dia 1º de outubro marca o início da semana gaúcha dedicada ao tema. Isto, porque, nesta data, em 1997, cinco médicos do Estado morreram, junto com dois pilotos, durante viagem aérea para recolher órgãos doados na cidade de Chapecó, em Santa Catarina. Este, explica, é o objetivo da ViaVida, dar esperança e reduzir a fila dos que aguardam por uma doação para continuarem vivendo. A ativista diz que a meta é fazer com que o Rio Grande do Sul, que já foi a segunda unidade da federação em que mais se doam órgãos e hoje é a oitava, recupere sua posição, já que existem muitos tipos de transplantes que, em todo o país, só são feitos aqui e em São Paulo.  Clarisa explicou que o principal trabalho da ONG, que está completando 21 anos, é, justamente, esclarecer alguns mitos que dificultam as doações. Entre eles, a confusão entre morte encefálica, que é algo irreversível, quando não há mais irrigação do cérebro e, consequentemente, nenhuma possibilidade de retorno à vida e o estado de coma, que é plenamente reversível. A vice-presidente destacou, por isto, a importância de que a família tenha conhecimento da vontade do doador, porque, através deste gesto, pode fazer com que ao menos uma parte da pessoa que ela perdeu continue a viver e a dar a vida. A ViaVida tem um projeto de contação de histórias, para crianças, em escolas estaduais e uma pousada - com 20 vaga - para atender tanta antes como depois dos transplantes às pessoas que vão receber os órgãos doados e não têm condições de se manter em Porto Alegre.  O assunto já havia sido discutido, durante reunião da comissão de Saúde, no último dia 21. Ouça a íntegra das manifestações.