Waldemar Max provoca reflexão sobre grandes cidades
Pinturas digitais de Waldemar Max compõem a exposição Espera, aberta à visitação até sexta-feira (25/5) no T Cultural Tereza Franco da Câmara Municipal de Porto Alegre (Avenida Loureiro da Silva, 255). O artista propõe uma reflexão sobre problemas urbanos provocados pela profusão de automóveis e a especulação imobiliária nos grandes centros urbanos.
Max afirma que o excesso de carros leva a uma procura insana por escassos terrenos e prédios para que se transformem em estacionamentos, desfigurando a cidade. Isso deixa em pânico todos aqueles preocupados, se não com a história, mas, de alguma maneira, com a preservação da memória visual de nossas áreas de convivência, diz.
As 12 obras reunidas na mostra têm como base fotos digitais impressas em lona e emolduradas em papel vegetal trabalhado com nanquim. Como salienta Max, o papel vegetal é um material típico das antigas plantas arquitetônicas, assim como o nanquim. Os traços dão complemento à proposta, incluindo muitos carros e poucos seres humanos, agentes, protagonistas e vítimas desta guerra urbana, sempre à espera, destaca.
Arte-educação
Nascido em 1957, em Porto Alegre, Max vive e trabalha em Gravataí (RS). Entre outras atividades, atua como arte-educador no projeto Barco de Papel e preside a Associação dos Artistas Visuais do Vale do Gravataí (Agir). Cursa Licenciatura em Artes Visuais na Uniasselvi, na Capital.
O artista também frequentou cursos no Atelier Livre da Prefeitura, na Cesuca/Casa do Leite, de Cachoeirinha (RS), e na Escola Nacional de Desenho. Em 2011, expôs individualmente no Memorial da Casa do Leite e na Ulbra de Gravataí e participou de coletivas na Ulbra, no Quiosque da Cultura e no Sesc de Gravataí.
A exposição na Câmara pode ser visitada das 9 às 18 horas, de segunda a quinta-feira, e das 9 às 15 horas no último dia. Informações: (51) 3220-4392, e e-mails claudiah@camarapoa.rs.gov.br e wmaxart@gmail.com
Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
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