Memória

Acervo de Alberto André chega à Casa no 2º semestre

Patrimônio está na casa do ex-vereador Foto: Tonico Alvares
Patrimônio está na casa do ex-vereador Foto: Tonico Alvares

A primeira reunião para estruturar o convênio destinado a organizar o acervo do jornalista e ex-vereador Alberto André foi realizada, na manhã desta quinta-feira (21/5), entre representantes do Memorial da Câmara Municipal de Porto Alegre, da Associação Riograndense de Imprensa (ARI) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). A ideia é, já no segundo semestre de 2009, dividir os milhares de livros e períódicos de Alberto André entre a ARI e a Câmara a partir de seleção feita por estudantes e professores dos cursos de Jornalismo, Museologia, Arquivologia e Biblioteconomia da Ufrgs.

A professora Marlise Giovanaz, da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação (Fabico/Ufrgs), ressaltou o cunho pedagógico do convênio, que permitirá aos estagiários envolvidos na organização e catalogação do acervo aplicar conhecimentos adquiridos em suas áreas. Marlise também destacou a importância de disponibilizar para a população o patrimônio de papel de uma figura relevante como Alberto André.

O diretor financeiro da ARI, Ayres Cerutti, disse que o convênio com a Ufrgs e a Câmara suprirá a entidade de apoio profissional, científico e técnico para a organização do acervo de Alberto André. Conforme Cerutti, há bastante espaço na ARI, mas falta pessoal capacitado para lidar com o material. Cerutti informou que, depois de catalogado, o acervo poderá ser consultado pela comunidade no 6º andar do prédio da ARI, na Avenida Borges de Medeiros.

Ao final da reunião, ficou definido um cronograma de trabalho conjunto entre Memorial, Ufrgs e ARI. Segundo o coordenador do Memorial da Câmara, Jorge Barcellos, a previsão é de que, até julho, o acervo seja transferido da casa de Alberto André para a ARI, onde ficará a maior parte das publicações a serem preservadas e catalogadas. Livros e textos sobre a cidade e estudos sobre o Plano Diretor deverão ser enviados à Câmara no segundo semestre. Conforme Barcellos, a importância do convênio está em seu cunho pedagógico, mas, principalmente, na preservação da memória da cidade.

Jornalista e vereador

Alberto André assumiu uma cadeira na Câmara em 1952, permanecendo por 12 anos. Uma de suas leis mais conhecidas foi a que definiu a Praça da Alfândega como sede oficial da Feira do Livro. Além de vereador e jornalista, Alberto André foi diretor da Faculdade dos Meios de Comunicação Social (Famecos), da Pucrs, e presidente da ARI. O jornalista dá nome à biblioteca da Câmara, localizada no terceiro andar do Legislativo.

Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)

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