Plenário

Câmara recebe presidente da 11ª Bienal do Mercosul

Dr. Gilberto Schwartsmann,presidente da Bienal do Mercosul.
Schwartsmann destacou as mostrar da Bienal de 2018 (Foto: Tonico Alvares/CMPA)

No período de Comparecimento, da sessão ordinária desta segunda-feira (14/5), os vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre receberam o presidente da 11ª Bienal do Mercosul, Gilberto Schwartsmann, para falar sobre a exposição e a importância da realização do evento para a cultura. Em Porto Alegre, a Bienal do Mercosul vai até o dia 3 de junho.

Representando o conselho dos diretores da 11ª edição do evento cultural, Schwartsmann afirmou que a Bienal este ano vive um momento histórico. Levando o título de “O Triângulo Atlântico”, ele destacou algumas das obras expostas que retratam a América, África e Europa. Um dos trabalhos mais ressaltados durante seu pronunciamento foram o "relógio humano", localizado na Praça da Alfândega, e as obras sonoras na Igreja Nossa Senhora das Dores, onde são apresentados mais de centenas de idiomas. De acordo com Schwartsmann, esta edição apresenta as raízes da cultura indígena, a mão de obra escrava e as levas de imigrantes ao longo dos anos. "É o retrato da nossa formação cultural", frisou. Segundo ele, a arte africana e afrobrasileira é predominante na exposição, com artistas do mundo inteiro. 

A inclusão de crianças e de jovens adolescentes também foi outra questão discutida por Schwartsmann. "Temos um projeto educacional fantástico. Milhares de crianças das escolas públicas vêm para visitar a Bienal", disse. Para ele, talvez tenha sido a primeira vez em que crianças tenham acesso a arte contemporânea. Em suas últimas manifestações, o palestrante destacou a importância dos órgãos públicos, que através da renúncia fiscal são os que possibilitam a realização de eventos culturais. Ele ainda agradeceu o apoio da Casa e convidou a todos para conferir a mostra.

A Bienal do Mercosul se concentra nos pontos expositivos do Santander Cultural, Memorial do Rio Grande do Sul, Museu de Arte do Rio Grande do Sul e Igreja Nossa Senhora das Dores.  

Vereadores 

Para Adeli Sell (PT), é uma tarefa muito importante organizar e presidir a Bienal do Mercosul. O vereador achou importante que a abertura do evento tenha acontecido com uma festa popular na Praça da Alfândega, que, em sua opinião, é um local que ficou abandonado com o tempo. A presença de jovens e crianças na exposição também foi destacado por ele, que defendeu mais a inclusão do público na cultura. "Uma Bienal dessa magnitude, é importante nos voltarmos para nossas artes".  (MF) 

Parabenizando o esforço pelo acesso à cultura, Sofia Cavedon (PT) manifestou seu apoio a divulgação e potencialização da produção de artistas. A vereadora enfatizou o enlaçamento e o diálogo com a América Latina e outros países, bem como a visibilidade que o evento dá à língua indígena. "Desvelar a cultura e a beleza da cultura originária reconstrói identidades". Conforme Cavedon, o tema tem que chegar nas crianças para que a arte possa fruir. "Apostamos muito na cultura em diálogo com a educação", concluiu a vereadora. (MF)

Mônica Leal (PP) também somou apoio à realização do evento. "Aproxima as comunidades da cultura". Em sua observação, a arte também é uma ação de afastamento e prevenção da violência e da criminalidade, por ser educativa. Na ocasião, a vereadora aproveitou para relatar situações na época em que esteve lotada na Secretaria Estadual da Cultura, período em que trabalhou para que a Bienal continuasse a acontecer no Rio Grande do Sul. Ela ainda afirmou sua admiração pelo trabalho de Gilberto Schwartsmann e o parabenizou pela realização da Bienal do Mercosul. (MF) 

Reginaldo Pujol (DEM) lembrou que dois membros da família Schwartsmann são cidadãos honorários de Porto Alegre. Pujol declarou-se gratificado porque, na primeira edição da Bienal do Mercosul, somou-se ao evento, com resultados positivos para todos os lados. O vereador ainda reconheceu a posição extremamente positiva do município dentro do contexto brasileiro e latino-americano por organizar o evento. Afirmou ainda que o Mercosul não pode ser apenas um instrumento econômico, mas sim de integração entre os países do cone sul da América. O vereador ainda destacou o papel da Bienal em ser promotor e indutor de uma integração cultural. (ML)

Dr. Thiago (DEM) destacou a importância de existirem pessoas com destaque nas suas áreas de atuação profissionais que abraçam também a cultura e a educação. Disse que visitou a Bienal anterior, na Fundação Iberê Camargo, quando as entidades médicas participaram do processo de arte. Thiago considerou fundamental a atuação de Schwartsmann, trazendo, com seu peso, visibilidade para o evento. O vereador destacou problemas com algumas exposições, as quais não considera como arte, mas preferiu não citar seus nomes.

Texto: Munique Freitas (estagiária de Jornalismo)
           Matheus Lourenço (estagiário de jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)