Câmara saúda os 20 anos do Conselho Municipal de Saúde

Instituído há duas décadas, o Conselho Municipal de Saúde (CMS) foi homenageado na noite desta terça-feira (25/9) pela Câmara Municipal de Porto Alegre. Proposta e presidida pelo vereador Carlos Todeschini (PT), a sessão solene foi realizada no Plenário Otávio Rocha com a presença de autoridades e representantes do CMS.

Todeschini lembrou a história do Conselho, criado em 1992 pelo Executivo Municipal por determinação da Constituição de 1988, que instituiu o Sistema Único de Saúde (SUS). Também destacou como relevantes os serviços prestados pelo CMS no controle social e em defesa da saúde pública. Como atestou, o CMS estimula a participação da comunidade nas decisões sobre a aplicação dos recursos da saúde, servindo de exemplo para o Brasil por seu trabalho efetivo, republicano e imparcial.

 O vereador enfatizou a firmeza da atuação do CMS, lembrando a reprovação das contas da saúde municipal por três anos consecutivos. “O Conselho não dá moleza”, frisou. “Nunca cedeu em nada; sempre foi altivo e republicano.” Todeschini disse que “houve episódios lamentáveis” na saúde, mas que é preciso reconhecer a mudança de gestão implantada pelo ex-secretário e pelo atual titular da Saúde. Admitiu melhorias, porém cobrou mais avanços. “Temos ainda carência de recursos, mas o que precisa é mais planejamento”, disse.

A vice-coordenadora do CMS, Djanira Corrêa da Conceição, agradeceu a homenagem, entregue em forma de diploma alusivo aos 20 anos. “Isso nos traz um grande orgulho, mas também uma grande responsabilidade”, afirmou. “Estamos bem, mas precisamos caminhar mais, trabalhar mais e nos mantermos sempre atentos ao que acontece na saúde.” Djanira atribuiu a qualidade do CMS ao empenho de seus integrantes atuais e passados. “Se o CMS recebe esta homenagem é porque os antecessores trabalharam muito”. disse.

Djanira citou várias lutas do CMS, como a campanha pelo Hospital Presidente Vargas. Também destacou a intensa participação do atual secretário municipal da Saúde nas reuniões. Contou que, às vezes, o secretário “sai brabo”, acha que seu trabalho não é reconhecido. “Mas nosso papel é cobrar, é incomodar”, justificou. Como lembrou, o que o CMS quer é saúde pública de qualidade para Porto Alegre.

Além de Todeschini e de Djanira, compuseram a mesa na solenidade o secretário municipal da Saúde, Marcelo Bósio; a promotora de Justiça Marinês Assman, do Ministério Público do Estado; o juiz de Direito Martin Schulze, do Foro de Porto Alegre; e o auditor externo do Tribunal de Contas do Estado Gerson Luiz Souza da Fonseca.