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Cece debateu violência e problemas estruturais em escolas

Reunião debateu problemas de segurança enfrentados por escolas Foto: Elson Sempé Pedroso
Reunião debateu problemas de segurança enfrentados por escolas Foto: Elson Sempé Pedroso

A Comissão de Educação, Cultura, Esportes e da Juventude (Cece) recebeu, nesta terça-feira (21/8), a direção de três escolas: da Municipal de Ensino Fundamental Nossa Senhora do Carmo, da Restinga; e das estaduais de Ensino Fundamental Engenheiro Rodolfo Ahrons, da zona Norte, e de Ensino Médio Professor Oscar Pereira, localizada no Morro da Embratel.
 
Como representação do Executivo, apenas a Secretaria Municipal da Educação se fez presente. Os vereadores da comissão fizeram contato com a Smam e com o Demhab, já que em reunião anterior, a Smed havia assegurado existirem recursos e um pré-projeto arquitetônico para a reconstrução da escola, mas que havia um entrave envolvendo os dois órgãos.

Nelcir Tessaro, diretor do Demhab, em contato telefônico feito pela vereadora Sofia Cavedon (PT), garantiu não ter recebido convite para a reunião. Foi sugerido, então, uma visita à escola, que deverá ser realizada na próxima segunda-feira, dia 28. Também será feito um convite ao prefeito José Fogaça, tendo em vista que alguns órgãos municipais não têm enviado representes às reuniões da Cece.

A vereadora Neuza Canabarro (PDT) cobrou ações do Executivo, enquanto o representante da Smed, Francisco Jardim, lamentou a ausência dos representantes da Smam e do Demhab na reunião. “A Smed não pode fazer tudo sozinha”, observou.

Na segunda parte da reunião, a diretora da Escola Engenheiro Rodolfo Ahrons, Aline Corrêa, relatou que somente em 2007, a escola já sofreu três assaltos. O representante da 1ª Coordenadoria Regional da Secretaria Estadual da Educação, Jandir Sorai, informou que, somente em 2007, mais de 100 escolas foram assaltadas e que a presença do PM residente nas escolas não tem coibido os roubos.

O vereador Haroldo de Souza (PMDB) disse ser preciso definir se a presença de um PM que mora na escola a beneficia ou não.

O Comandante do Policiamento da Capital, Coronel Aurélio Ferreira Rodrigues, que esteve acompanhado dos responsáveis pelo 22º Batalhão, disse ser necessário o envolvimento de toda a sociedade, pois não há fórmula mágica para acabar com a violência e que cabe à Brigada Militar minimizar os problemas. Destacou que a falta de impunidade, da permanência dos jovens com a família e o decréscimo do efetivo militar como uma das causas do aumento da criminalidade. Lembrou que o efetivo que há 20 anos era de 30 mil, atualmente é de 22 mil.

A presidenta da Cece, Maristela Maffei (PCdoB) propôs a realização de um fórum sobre a segurança nas escolas.

A terceira escola a expor os seus problemas foi a Oscar Pereira. Segundo a diretora da instituição, Justina Morari, há problemas estruturais no prédio, com sérias infiltrações, que obrigam a suspensão das aulas em dia de chuva. Afirmou, ainda, que faltam professores para as disciplinas de História, Filosofia e Sociologia. A escola conta com 1.600 alunos.

O representante da Secretaria da Educação informou que num curto espaço de tempo serão trocadas as telhas e que novos professores devem ser designados para ocupar as vagas.

Vítor Bley de Moraes (reg. prof. 5495)