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Cedecondh constata precariedade de moradias na Vila Dique

Famílias que ainda não foram transferidas vivem graves problemas Foto: Mariana Fontoura
Famílias que ainda não foram transferidas vivem graves problemas Foto: Mariana Fontoura

Os vereadores da Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh), presidida pela vereadora Maria Celeste (PT), visitaram, nesta terça-feira (31/5), as famílias da Vila Dique que ainda não foram transferidas para o loteamento situado na Avenida Bernardino Silveira. Os remanescentes da Vila Dique queixaram-se da péssima condição em que estão vivendo e relataram que as máquinas, que trabalham no local para a preparação do prolongamento da pista do aeroporto Salgado Filho, danificaram algumas moradias.

Pricila Coelho, mãe de dois filhos, mostrou aos vereadores a precariedade do local. Disse que em dias de chuva o arroio que corre atrás da casa transborda inundando tudo. Também se queixou do lixo e dos ratos que colocam em risco a saúde dos bebês, sendo que o mais velho tem um ano e dois meses. Elisângela dos Santos disse que além de ratos, cobras colocam em risco a vida da família. Afirmou que o Demhab havia prometido a transferência para o loteamento da Avenida Bernardino Silveira Amorim para março, o que não ocorreu.

Outra família, que preferiu não se identificar, informou que traficantes trocam tiros com grupos rivais e que eles correm sério risco de morte. Mais adiante, outro morador, portador de doença grave mostrou que as remoções iniciadas pela Infraero estão prejudicando o fornecimento de água e que o esgoto está correndo para dentro de casa. O presidente da Associação Santíssima Trindade da Vila Dique, Davi de Lima, observou que 500 famílias aguardam a transferência, sendo que o Demhab prometeu que 80 serão em junho.

A presidente da Cedecondh, Maria Celeste, disse que a situação é crítica e que os vereadores querem saber do Demhab os critérios de transferência. Já o vereador Toni Proença (PPS) afirmou ser necessário que algumas famílias sejam imediatamente removidas tal a precariedade em que vivem. “É inadmissível uma coisa dessas em Porto Alegre”, acrescentou. No dia 7 de junho, Cedecondh e Cuthab deverão realizar uma reunião conjunta para elucidar com o Demhab dúvidas dos vereadores e da comunidade. 

Vítor Bley de Moraes (reg. prof. 5495)