Comissões

Cedecondh debate dificuldades do Programa Vou à Escola

Vereadores receberam entidades estudantis e do Ministério Público  Foto: Ederson Nunes/CMPA
Vereadores receberam entidades estudantis e do Ministério Público Foto: Ederson Nunes/CMPA (Foto: Ederson Nunes/CMPA)
A Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh), realizou, na tarde desta terça-feira (22/3), na Câmara Municipal de Porto Alegre, uma reunião sobre o Programa Vou à Escola, direcionado para jovens de baixa renda da Capital. Na ocasião, estavam presentes representantes da União Gaúcha dos Estudantes Secundaristas (Uges), do Ministério Público e da União Metropolitana dos Estudantes Secundários de Porto Alegre (Umespa), além dos vereadores Prof. Alex Fraga (PSOL), João Bosco Vaz (PDT) e Adeli Sell (PT).

O programa Vou à Escola é uma iniciativa que favorece o meio de transporte para jovens de baixa renda, que moram longe das instituições de ensino. "A maioria destes jovens que residem em zonas periféricas estuda em locais mais afastados. Por isso, o programa é tão necessário", disse Prof. Alex Fraga. 

Segundo o vereador, em fevereiro deste ano uma matéria publicada nos jornais denunciou a falta de transporte para jovens estudantes de baixa renda da Capital. Como destacou, houve quebra de contrato entre o Estado e o Município. "São aproximadamente 7 mil alunos que dependem deste transporte. Sabemos como é difícil incluir estes alunos nas escolas; precisamos de apoio do Estado e também do Município", disse.

Presidente da Uges, Marcos Adriano Prestes destacou a importância do apoio do Executivo aos alunos. "O estudante deve ter seu direito preservado e ampliado. Estamos na luta em defesa de milhares de alunos da Capital", disse. Segundo ele, sem incentivo muitos alunos deixarão de ir à escola, o que aumentará o índice de evasão. "O jovem precisa do apoio, ainda mais nessas circunstâncias. Muitas famílias não podem custear passagens de ônibus, e a Prefeitura, junto ao Estado, deveria entender isso."

A procuradora do Ministério Público Maria Regina Fay de Azambuja relatou que, até o momento, não houve reclamações sobre o programa e que muitos municípios preferiram não aderir ao Vou à Escola. "O programa não é de participação obrigatória. Muitas escolas não participam. Inclusive foi aberto um contrato emergencial para que alunos de escolas não-cadastradas tenham ônibus para estudar", disse. 

No fim da reunião, foi proposto um novo encontro com a secretária municipal de Educação Cleci Jurach, para debater as questões sobre o programa.

Texto: Clara Porto Alegre (estagiária de Jornalismo)
          Ananda Zambi (estagiária de Jornalismo)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)