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Cedecondh discute situação de moradores de rua

Situação dos moradores de rua avaliada na Cedecondh Foto: Caroline da Fé
Situação dos moradores de rua avaliada na Cedecondh Foto: Caroline da Fé

Baseada em pesquisa do Instituto Methodus, divulgada em agosto, na qual 60% dos entrevistados apontou um acréscimo no número de crianças e adolescentes nas ruas da capital, a Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh) da Câmara Municipal convocou entidades envolvidas com a questão para debater e propor alternativas de resolução do problema. A reunião foi realiza nesta terça-feira (25/9), na Câmara Municipal.

De acordo com Márcia Nectoux, representante da Fundação de Assistência Social e Cidadania (FASC), o enfrentamento da situação é complexo. “Nossa falta de estrutura é muito grande. Além dos recursos escassos, nosso corpo técnico e nossos equipamentos são restritos”, justificou. Para ela, o processo de retirada destes moradores das ruas é demorado, pois exige ações combinadas e multidisciplinares dos diferentes órgãos da prefeitura.

O policial militar Diego Terra concorda. Segundo ele, não adianta as entidades ou as secretarias realizarem ações individuais e abordagens específicas se não houver um conjunto de atuações padronizados na gestão. “É necessário que a Secretaria de Saúde, de Direitos Humanos, por exemplo, ajam com os mesmos mecanismos, baseados nas mesmas diretrizes. Infelizmente isto não acontece”, lamentou.

Segundo levantamento realizado pela FASC existem cerca de 1.500 moradores de rua cadastrados em abrigos na cidade. Entretanto, para o agente de saúde e ex-morador de rua, Odair Barbosa, a solução não está apenas em deslocar as pessoas para casas de acolhimento, “mas instruí-los, tratá-los e orientá-los para que resolvam dois de seus maiores problemas: drogadiação e alcolismo".

A vereadora Margarete Moraes (PT), membro da Cedecondh, sugeriu a formação de uma Comissão formada pelo Ministério Público, Secretaria Municipal de Direitos Humanos, Secretaria Municipal de Saúde, Câmara Municipal, Fasc e Fórum dos Moradores de Rua com o objetivo de elaborar estratégias de ação no combate à violação dos direitos humanos sofridos pelos cidadãos que vivem nas ruas. “É preciso desenvolver políticas públicas concretas para que estes moradores tenham vida digna e sejam respeitados em suas individualidades por toda a sociedade”, afirmou.

Ester Scotti (reg.prof.13387)