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Cedecondh visita a Casa Lar Sol Nascente

Casa Sol Nascente abriga dez crianças Foto: Ederson Nunes
Casa Sol Nascente abriga dez crianças Foto: Ederson Nunes (Foto: Foto de Ederson Nunes/CMPA)
A série de visitas a abrigos para crianças realizada pela Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh) prosseguiu na tarde desta terça-feira (4/8). Os vereadores foram à Casa Lar Sol Nascente, localizada na zona norte de Porto Alegre, onde atualmente vivem dez crianças. As casas lares se caracterizam por ter um pai e uma mãe sociais amparando as crianças. Estes pais se concentram na inserção ou reinserção dos jovens na sociedade e na educação deles, bem como o exercício dos papéis de pai e mãe, importantes para um crescimento saudável.  

Luís Carlos de Castro é pai social há quase oito anos e, junto da sua esposa, Susana Moreira, cuida das crianças que vivem na Casa Lar Sol Nascente. Para ele, os abrigos para crianças e adolescentes não criam vínculos como em uma casa com as figuras do pai e da mãe. "Aqui ficamos mais próximos às necessidades de cada um deles e podemos ajudá-los no que for preciso. Eles têm a possibilidade de ir à escola e no turno inverso fazerem cursos como capoeira e xadrez", disse. Segundo Castro, é gratificante poder passar valores familiares às crianças e que, para ele, esta é a melhor forma de torná-los cidadãos de bem.

Presidente da comissão, a vereadora Fernanda Melchionna (PSOL) destacou que a educação integral é de extrema importância para o desenvolvimento saudável das crianças. "É importante levá-los para a escola todos os dias para que eles cresçam inseridos na sociedade", disse.  Para Fernanda, as experiências sociais envolvidas em uma casa lar mostram que os jovens precisam de alguém que seja responsável por eles e que atinjam as expectativas de um pai e de uma mãe, até o momento em que as crianças tenham a oportunidade de ser adotadas. 

Fiscalização

A vereadora ressaltou que a Cedecondh continuará focada na análise dos processos sociais que envolvem as crianças e os adolescentes de Porto Alegre. "Fiscalizaremos todos os lugares que se envolvam na rede de proteção aos menores de idade para termos uma perspectiva dos gargalos e dos benefícios que ela possui", concluiu. 

A assistente administrativa do Abrigo João Paulo II, Lécimary Moreno, destacou que as casas são alugadas pelo abrigo em parceria com a prefeitura de Porto Alegre. "São 13 casas lares na Capital que acolhem diversas crianças no intuito de educá-las e torná-las cidadãs", disse. Conforme Lécimary, o olhar de um pai e de uma mãe para o futuro destas crianças é mais personalizado e autônomo do que o encontrado nos abrigos. A assistente ressalta que as casas lares se tornaram a melhor forma de inserir jovens na sociedade e que e que a parceria da sua instituição com a prefeitura faz com que centenas de crianças porto-alegrenses tenham uma segunda chance. 

Texto: Juliana Demarco (estagiária de Jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)