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Chocolatão: reassentamento deverá ter infraestrutura pronta neste ano

Operários trabalham no local da nova Chocolatão Foto: Bruno Todeschini
Operários trabalham no local da nova Chocolatão Foto: Bruno Todeschini

O local escolhido para o reassentamento das famílias que atualmente ocupam a área da Vila Chocolatão, na zona central da Capital, é bom e propiciará uma vida mais digna para os moradores. Esta foi a avaliação unânime entre os vereadores que estiveram presentes à visita promovida pela Comissão de Urbanização, Transportes e habitação (Cuthab), na manhã desta sexta-feira (13/3), ao local previsto para o reassentamento, situado na Avenida Protásio Alves, 9099, no Bairro Morro Santana.

As obras de saneamento básico, água, esgoto, terraplanagem deverão estar concluídas até o final deste ano, informaram Mario Ferreira e Halei Sartori, sócios da Grimon Saneamento e Construções Ltda, empresa responsável pelas obras de infra-estrutura no local. De acordo com Léo Antônio Maciel, presidente da Associação dos Moradores da Vila Chocolatão, cerca de 210 a 220 famílias deverão ser transferidas para o novo local.

O presidente da Cuthab, vereador Waldir Canal (PRB), considerou importante a visita e ficou satisfeito com o andamento das obras de infra-estrutura que estão sendo feitas no terreno. "A Cuthab entrará em contato com o Demhab (Departamento Municipal de Habitação) para saber informações sobre a segunda fase do projeto. Para Canal, a Comissão está cumprindo sua função de fiscalização. "A Vila Chocolatão é um problema gravíssimo a ser resolvido."

Segundo o engenheiro Mario Ferreira, a licença ambiental foi concedida no dia 5 de fevereiro, e a empresa terá prazo de 540 dias para terminar as obras. O local, onde serão construídas 187 casas, também deverá conter um galpão de reciclagem. No final do terreno de 52 mil metros quadrados, reservado para o reassentamento, começa uma área de preservação ambiental. "As compensações ambientais e o transporte de dois butiazeiros atrasaram as obras", disse Ferreira. Segundo ele, terão de ser erguidos muros em torno do terreno, que não pode ser rebaixado por possuir rochas debaixo do solo.

O vereador Alceu Brasinha (PTB) disse que a área escolhida para o reassentamento é "privilegiada", lembrando que os ocupantes da Chocolatão "não podem continuar vivendo naquela situação de miséria" na área central da cidade. Paulinho Rubem Berta (PPS) observou que, a partir do incêndio ocorrido no início deste ano, é preciso que o Poder Público trabalhe para que as obras sejam concluídas no menor prazo possível. Ele alertou, no entanto, que é preciso conversar com os moradores do entorno do terreno escolhido para o reassentamento, pois eles ainda manifestam muita resistência à idéia de receber novos vizinhos.

Também favorável ao reassentamento, João Pancinha (PMDB) disse que ficou satisfeito com o local escolhido e o andamento das obras de infra-estrutura. Ele salientou ser necessário fazer um trabalho de convencimento entre a comunidade da Chocolatão e também entre os moradores do entorno do futuro reassentamento. "É preciso mostrar aos moradores da Chocolatão que eles terão uma vida mais digna e diminuir a resistência dos moradores das proximidades ao novo reassentamento." Também estava presente à visita o vereador DJ Cassiá (PTB), que se mostrou satisfeito com a localização e a infra-estrutura que terá o reassentamento.

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)

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