Cosmam considera regular obra no Bairro Camaquã

Vereadores da Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara Municipal avaliaram, nesta terça-feira (4/4), que a obra realizada pela empresa Embapel - Embalagens e Reciclados, no Bairro Camaquã, está em situação legal e regular, cabendo ao Executivo fiscalizá-la. Moradores do Condomínio Residencial Vila Nova Gaia e da comunidade que mora no entorno à obra haviam entregue um abaixo-assinado à Comissão em que denunciavam possíveis irregularidades na construção.  Eles questionam a legitimidade do local para o tipo de atividade desenvolvida pela empresa e dos materiais acondicionados no depósito, que estariam colocando os moradores sob risco de vida e gerando a proliferação de ratos e insetos, com prejuízos à saúde humana. Presidida pelo vereador João Carlos Nedel (PP), a reunião também contou com as presenças dos vereadores Claudio Sebenelo (PSDB), Aldacir Oliboni (PT), Mônica Leal (PP), Elias Vidal (PPS) e Neuza Canabarro (PDT), que integram a Cosmam.

Presentes à reunião, os secretários municipais da Produção, Indústria e Comércio, Idenir Cecchin, e do Meio Ambiente, Beto Moesch, confirmaram a situação regular da obra.  A empresa está localizada em terreno da Rua Silvio Silveira Soares, 2367, e possui um depósito de papel, com área de aproximadamente 1,5 mil metros quadrados, que faz vizinhança com o condomínio residencial, situado na Rua Doutor Barcelos, 2317. "Há risco de haver um incêndio de grandes proporções", assegura Luis Eduardo Oliveira, morador do condomínio. Os moradores também reclamam do barulho excessivo dos maquinários e caminhões de grande porte que circulam pelo local no horário durante todo o dia, inclusive em sábados, domingos e feriados.

Délcio Marques, advogado da empresa, informou que o projeto de construção de um pavilhão industrial foi aprovado pela prefeitura e recebeu licença-prévia da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Smam). Segundo ele, a empresa possui 30 empregados, tendo bom relacionamento com a comunidade e zelando pelo cumprimento da lei. "Estamos chegando ao limite, agora tomaremos medidas judiciais contra o condomínio. A empresa vai fazer sua obra e trabalhar no local."

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)