Cuthab / Cosmam

Concessão de área para a Ospa começa a ser discutida

Encontro no Legislativo abriu debate sobre área para o Teatro da Ospa Foto: tonico alvares
Encontro no Legislativo abriu debate sobre área para o Teatro da Ospa Foto: tonico alvares

As Comissões de  Urbanização, Transportes e Habitação (Cuthab) e de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara Municipal discutiram na tarde desta terça-feira (24/10) o projeto do Executivo que autoriza a concessão de uso de área para implantação do Teatro da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa). A área concedida pela Prefeitura é de 5 mil metros quadrados, localizada na confluência das avenidas Loureiro da Silva e Edvaldo Pereira Paiva, próxima à Usina do Gasômetro.

O presidente da Ospa, Ivo Nesralla, defendeu alguns pontos que considerou importantes na implantação da proposta neste espaço. De acordo com ele, a área é altamente propícia por prever espaço para estacionamento de ônibus que transportam estudantes das escolas que fazem parte do projeto da Ospa. “Uma das principais funções da nossa orquestra é o Projeto Educacional, que ensina música aos estudantes de forma totalmente gratuita”, disse. Também considerou a possibilidade da construção de um palco ao ar livre. “Todos que freqüentam a orla do Guaíba poderão assistir a grandes espetáculos”. Defendeu também que a construção do prédio não afetará o meio ambiente. “Não vamos agredir a natureza e sim colocar música”.

O arquiteto Breno Ribeiro, da Secretaria Municipal do Planejamento, esclareceu que a escolha do local para construção do teatro foi objeto da participação de uma comissão que reuniu órgãos como a EPTC e as Secretarias da Fazenda, Planejamento, Meio Ambiente e Cultura. “É um terreno totalmente desembaraçado e sem óbice jurídico”. Na sua opinião, a presença da Ospa vai qualificar a orla do Guaíba. “Além de estar próximo à área central, ter facilidade de acesso e estimular o processo de revitalização do Centro”. Para Maurício Fernandes de Souza, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam), serão disponibilizados somente 5 mil metros quadrados dentro de uma área de 1,3 hectares. “Além de que o projeto deverá atender ao conceito de sustentabilidade ambiental, contemplando práticas ambientais, paisagismo com espécies nativas e reuso de água, além da promoção da qualidade de vida em área urbana”.

Participaram da reunião os vereadores Bernardino Vendrusculo (PMDB), Claudio Sebenelo (PSDB), Clênia Maranhão (PPS), Mônica Leal (PP), Alceu Brasinha (PTB) e o presidente da Cosmam, João Carlos Nedel (PP). O presidente da Cuthab, Elói Guimarães (PTB), que conduziu os trabalhos, defendeu que o tema seja mais discutido e sugeriu a visita ao local previsto para a construção do prédio. “Todos somos ambientalistas e, portanto, temos preocupações”. Defendeu também que a obra seja contextualizada com a natureza. “Não podemos construir um entulho”. As ONGs Amigos da Terra e Agapan também participaram da reunião. 

Regina Andrade (reg. prof. 8423)

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