Comissões

Construtora explica empreendimento no Lindóia

Projeto para o Jardim Lindóia foi esclarecido em reunião da Cuthab nesta terça-feira Foto: Lívia Stumpf
Projeto para o Jardim Lindóia foi esclarecido em reunião da Cuthab nesta terça-feira Foto: Lívia Stumpf

A pedido dos moradores do entorno de empreendimento previsto para ser construído nas proximidades da Avenida Sertório, no bairro Jardim Lindóia, representantes da construtora Goldsztein Cyrela prestaram esclarecimentos sobre os impactos da obra na região. Moradores e empreendedores estiveram presentes à reunião da Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação (Cuthab) da Câmara Municipal de Porto Alegre, nesta terça-feira (8/9), que tratou do tema. Coordenando a reunião, o presidente da Cuthab, vereador Waldir Canal (PRB), salientou que a Comissão tinha o objetivo de intermediar um entendimento entre as partes.

O presidente da Associação dos Moradores do Bairro São Sebastião, Francisco Rodolpho, disse ter a expectativa de que o empreendimento resolvesse o problema crônico causado pelo valão que separa os bairros São Sebastião e Jardim Lindóia, mas afirmou que a comunidade gostaria de obter mais informações sobre o projeto, especialmente a respeito dos impactos ambientais a serem causados na região e a qualidade de vida para os moradores. Ao final da reunião, no entanto, os moradores se disseram satisfeitos com as explicações e esperançosos de que os problemas do bairro sejam amenizados. "Depois de 30 ou 40 anos, os maiores problemas daquela área deverão ser resolvidos com o empreendimento", disse Rodolpho. A obra já foi aprovada pela Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov).

De acordo com o diretor financeiro da Goldsztein Cyrela, Ricardo Sessegolo, a área total do terreno, que era propriedade da família Litvin, é de 40 mil metros quadrados. No entanto, a construtora deverá lançar empreendimentos residenciais apenas nas Quadras D e E, que estão situadas na Rua Mil Quinhentos e Um. Cada uma das Quadras terá duas torres residenciais, com áreas de lazer e estacionamento no entorno, respeitando os afastamentos mínimos permitidos pela lei.

A Quadra D ocupa um terreno de 11.451 metros quadrados, enquanto a Quadra E tem área superior a 7 mil metros quadrados. "São cinco quadras de ruas a serem abertas. No local do valão será aberta uma rua com toda a infraestrutura.", disse Sessegolo, acrescentando que os projetos da obra já estão aprovados, e os trabalhos de infraestrutura deverão começar em seguida.

Prefeitura aprova

A arquiteta Rosane Zottis, assessora técnica do gabinete do prefeito, informou que as duas torres projetadas para a Quadra D estão em terreno inclinado, e o loteamento previsto é considerado de área relativamente pequena, bem como o sistema viário é de pequeno porte. Segundo ela, como já existiam uma praça e uma escola no entorno, a construtora destinará R$ 900 mil - relativo a 20% do total da área (8 mil metros quadrados) - para a aquisição de outras áreas públicas a serem utilizadas como equipamentos comunitários na mesma região.

Já a arquiteta Cibele do Carmo, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam), informou que a prefeitura já entregou o licenciamento ambiental do empreendimento à construtora, que se comprometeu a realizar o replantio de mais de 2,4 mil mudas como compensação ambiental.

Ex-diretor do Departamento de Esgotos Pluviais (DEP), o vereador João Pancinha (PMDB) disse estar satisfeito com a solução encontrada. Ele lembrou que o valão, apontado pelos moradores como problema, não pode ser canalizado por ser propriedade particular. "Esta obra propiciará uma solução definitiva para a região, que sempre foi carregada de muita insegurança."

Já o vereador Engenheiro Comassetto (PT) sugeriu que seja feito um debate com a comunidade para escolher a área onde serão construídos os equipamentos comunitários. Cumprimentando os empreendedores pela obra, o vereador João Carlos Nedel (PP) lembrou que a área onde será erguido o loteamento era mal cuidada pelos antigos proprietários, servindo de depósito de lixo e ponto de encontro para usuários de drogas.

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)

Ouça:
Construtora explica e comunidade aprova construção no Lindoia