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Cosmam debate dificuldades do Hospital Porto Alegre

A problemática que envolve o Hospital Porto Alegre, atual Instituto de Saúde e Educação Vida. Na foto: Presidente da AFM POA João Paulo Machado
Machado, da AFM, destacou a importância do hospital (Foto: Josiele Silva/CMPA)

A Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara Municipal de Porto Alegre realizou na manhã desta terça-feira reunião para debater a questão que envolve o Hospital Porto Alegre, atual Instituto de Saúde e Educação Vida (Isev). De acordo com o presidente da Associação dos Funcionários Municipais de Porto Alegre (AFM), João Paulo Galvez Machado, houve um afastamento do Poder Público municipal ao longo dos anos, culminando com o lançamento de um edital que passou a administração do hospital para o Isev.

"O Hospital Porto Alegre é uma entidade com um histórico incrível de serviços de saúde prestados para a população. O que aconteceu foi um descaso e também uma dificuldade muito grande de comunicação com a Prefeitura, até que no dia 31 de dezembro de 2015, quando já não havia mais condições de manter o pleno funcionamento, foi realizado quase as escuras um edital de licitação que passou o controle da entidade para o Instituto de Saúde e Educação Vida", disse Machado.

Desde o dia 1º de julho o Hospital Porto Alegre passou a ser administrado pelo Isev. De acordo com o representante do Instituto de Saúde e Educação Vida, Fabiano Pereira Voltaz, o principal objetivo é manter a estrutura aberta. "Assumimos um quadro de 412 de funcionários e 30 leitos disponíveis. Os números são insustentáveis: cerca de R$ 1,2 milhão por mês de despesas e R$ 400 mil de receitas. Tivemos que cortar custos e demitir alguns profissionais para manter o funcionamento do Hospital. O valor total das rescisões alcançou R$ 4 milhões e agora trabalhamos para obter um parcelamento destes valores", disse Fabiano. 

Também presente no encontro, a médica Maria Rita de Assis Brasil, vice-presidente do Sindicato Médico do RS (Simers), destacou a importância da manutenção do quadro de funcionários, visando manter sobretudo os leitos e a qualidade do atendimento aos associados e da população. Segundo ela, os profissionais que foram demitidos, incluindo sete médicos, estão com dificuldades para receber os valores que têm direito.

De acordo com a presidente da Cosmam, vereadora Lourdes Sprenger (PMDB), a Câmara está de portas abertas para buscar soluções em conjunto que possibilitem manter os leitos e o hospital funcionando. "Fica agendada uma nova reunião para o dia 11 de outubro. Vamos fazer o nosso papel de fiscalizar e ajudar encaminhando solicitações de demandas. Vamos somar forças pela defesa do SUS e do atendimento do Hospital Porto Alegre", disse a vereadora.

Texto: Jonathan Colla (Reg. Prof. 18352) 
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)