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Cosmam identifica principais dificuldades do HPS

Falta de servidores e deficiências de infraestrutura foram apontados como fatores prioritários

  • Visita da COSMAM ao Hospital de Pronto-Socorro.
    Vereadores conversaram com os servidores que se manifestavam (Foto: Henrique Ferreira Bregão)
  • Visita da COSMAM ao Hospital de Pronto-Socorro. Na foto, da esquerda para à direita, os vereadores André Carús, Oliboni e Fernanda Melchionna.
    A direção do HPS com os vereadores Carús, Oliboni e Fernanda (d) (Foto: Henrique Ferreira Bregão)

Os vereadores da Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara Municipal de Porto Alegre visitaram, na manhã desta quarta-feira (12/4), o Hospital de Pronto Socorro (HPS), a pedido da Associação de Servidores, que reivindica mais pessoal e o término da reforma no local. O representante da entidade, Everaldo Nunes, destacou que houve até a possibilidade de estudar o fechamento de leitos em razão da falta de funcionários. “Tem que existir um diálogo com o Executivo para melhorar a reposição de servidores para a qualidade do atendimento”, explica.

Segundo a diretora técnica do HPS, Roberta Rigo Dalcin, atualmente são 1.200 servidores atuando no hospital, porém existem cerca de 182 técnicos aguardando aposentadoria. “Isso será um déficit no nosso quadro de funcionários, contudo temos cerca de 60 cargos em aberto na instituição, mas como gera custo para o Executivo, não obtivemos a liberação para reposição”, informou. Conforme Roberta, ainda há a questão da diferenciação no percentual de insalubridade dos funcionários. Alguns ganham 20%, e outros, 40%, tendo as mesmas função e carga horária. “Buscamos uma equiparação junto à Secretaria Municipal de Saúde (SMS)”, completa. Cerca de 12 concursados aprovados aguardam chamamento para o HPS.

Quanto às dificuldades de estrutura do HPS, a direção explicou que a reforma já ampliou bem mais a qualidade no atendimento, mas ainda precisa de continuidade na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), na Sala de Recuperação, no Centro Cirúrgico, nos pisos e tetos que possuem irregularidades. “Faltam cadeiras de roda, equipamentos básicos, necessários para qualquer unidade de saúde de grau emergencial”, acrescentou o representante da associação dos servidores.

Vereadores

A vereadora Fernanda Melchionna (PSOL) ressaltou que o hospital passa por muitos problemas com gastos, mas que a Prefeitura precisa priorizar o acréscimo de servidores e oportunizar o bom atendimento para a população. “Faltam 200 funcionários no quadro do HPS, pelas informações que temos do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa). O descumprimento da legislação municipal deve ser corrigido e a lotação desses cargos descobertos. É preciso uma decisão política administrativa do secretário da pasta”, sugeriu.

O presidente da Cosmam, vereador André Carús (PMDB), constatou, juntamente com os demais vereadores, que as dificuldades enfrentadas pelo hospital, assim como nas demais unidades de saúde visitadas, implicam regulação pública. “Vemos que é uma situação crônica a questão da saúde na nossa capital, por isso estamos realizando estas visitas com o objetivo de detalhar as principais necessidades e de regularizar os setores com urgência no que diz respeito ao departamento de pessoal e de estruturação", afirmou. "Ainda vamos visitar o Hospital Presidente Vargas e o Pronto Atendimento da Lomba do Pinheiro e assim finalizaremos um relatório com todas as informações de necessidades prioritárias para dialogar com o executivo e buscar alternativas para a estruturação da saúde.”

Também estiveram presentes os vereadores Aldacir Oliboni (PT), Dr. Thiago Duarte (DEM) e Dr. Goulart (PTB).

Texto: Priscila Bittencourte (reg. prof. 14806)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)