Comissão Especial

EPTC destaca o alto custo da manutenção do mobiliário urbano

Cappellari (c) disse que pichações de placas são um problema Foto: Leonardo Contursi
Cappellari (c) disse que pichações de placas são um problema Foto: Leonardo Contursi (Foto: Leonardo Contursi)
Na reunião da Comissão Especial para analisar e propor medidas para a sinalização viária e para a identificação dos logradouros públicos do município de Porto Alegre, realizada na manhã desta quinta-feira (24/4) na Câmara Municipal, o presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, destacou a grande preocupação com a depredação do mobiliário urbano. Segundo ele, a EPTC realiza a manutenção de pontos de ônibus e da sinalização de orientação e de regulamentação e registra um alto índice de pichação nestes locais. “Foram gastos R$ 5 milhões com sinalizações para a Copa do Mundo e elas já estão pichadas”, afirmou.

Cappellari destacou o alto custo para manter o mobiliário urbano. Conforme Cappelari, devido a um acidente de carro a escada rolante localizada na Av. Benjamin Constant estragou e o conserto ainda não foi realizado por causa do custo: R$ 600 mil. Para Cappellari, é de extrema importância divulgar para a sociedade o impacto dos prejuízos causados pelos custos desse tipo de manutenção. De acordo com ele, há uma comissão dentro da EPTC que acompanha e busca responsabilizar quem realiza a colocação irregular de cartazes e depreda o mobiliário urbano.

Sinalização

João Carlos Nedel (PP) falou da dificuldade de encontrar as ruas devido ao modo como estão posicionadas as placas. “Muitas vezes as placas estão em cima dos locais, quando as vemos já passamos do local em que gostaríamos de ir, outras vezes estão atrás de arbustos e temos a visibilidade prejudicada”, destacou. Para Cappellari isso deve-se a Porto Alegre ser uma cidade bastante arborizada. “Há falhas no processo”, destacou. “Mas a população tem sido parceira, quando se depara com uma situação dessas nos contata. Os cidadão podem demandar e informar problemas com sinalização, postes derrubados, placas vandalizadas”. 

Publicidade 

Também existe uma demanda quanto à publicidade. Para o representante do Executivo e do Grupo de Trabalho de Mobiliário Urbano da prefeitura, Arnaldo de Araújo Guimarães, o objetivo é tornar a cidade menos poluída. De acordo com ele, há intenção de retirar as propagandas de relógios e paradas da cidade, pois não há conhecimento de que a prefeitura receba algum tipo de retorno das empresas que exploram os espaços. “Os contratos são antigos e a legislação é complexa”.

O grupo pelo qual Guimarães é responsável propôs ao prefeito alterações em algumas leis, assim como também no uso da propaganda para pagar o mobiliário. De acordo com Cappellari, existe fiscalização para remover a publicidade ilegal, mas as empresas tentam burlar as normas comprando terrenos para fazer sua propaganda. “É um desafio manter a cidade limpa”, ressaltou.

Como encaminhamento, o presidente da comissão especial, Bernardino Vendruscolo (PROS), anunciou a realização de uma nova reunião com representantes da Smam, Smov, Smic e Smurb. Também estiveram presentes na reunião o vereador Waldir Canal (PRB), os arquitetos do Grupo de Trabalho de Mobiliário Urbano Simone Caberton e Fabiano Padão e a arquiteta e representante da Smic Adriana Leão. Os representantes esperados do Sindicato dos Taxistas de Porto Alegre (Sintáxi) e Sindicato dos Taxistas Autônomos de Porto Alegre (Sintapa) não compareceram.

Texto: Thamiriz Amado (estagiária de Jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)