Ergonomia no trabalho é tema de palestra da Sipat 2015
Dando continuidade ao ciclo de palestras promovido pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), foi abordado, na manhã desta sexta-feira (18/9), o tema Ergonomia e Qualidade de Vida. A palestra ocorreu no Plenário Ana Terra e contou com a presença da arquiteta e engenheira de segurança no trabalho Luciana Fuchs. "A ergonomia nada mais é do que a adaptação do trabalho às características físicas e psicológicas do ser humano", destacou Luciana, que complementou afirmando que a ergonomia também remete ao estudo das leis do trabalho e ao estudo da relação entre o homem e o trabalho.
"Na ergonomia, envolve-se uma equipe abrangente de profissionais para resolver assuntos sobre a eficiência do ambiente de trabalho e aplica-se o conhecimento da anatomia e da fisiologia em seus estudos logísticos", disse. A arquiteta destacou que o saber dos trabalhadores sobre a sua própria situação de trabalho traz soluções para os percalços do dia a dia no expediente e melhora condições como a higiene do trabalho. "Desde a antiguidade, no Império Romano, já havia uma preocupação com a saúde do trabalhador", ressaltou Luciana, que afirmou ainda que é preciso que os equipamentos de segurança tenham conforto, segurança e eficiência. Para a arquiteta, há uma relação entre diversas patologias com o ambiente de trabalho e que a ergonomia trata de buscar as soluções para estas doenças.
"Em 1973, no Brasil, começa-se a falar em ergonomia, com a implantação de cursos sobre segurança no trabalho e, na década de 1990, é fundada a Associação Brasileira de Ergonomia (Abergo) que tem como objetivo o estudo, a prática e a divulgação das interações das pessoas com a tecnologia, a organização e o ambiente, considerando as suas necessidades, habilidades e limitações. Luciana destacou que, atualmente, não há no Brasil uma conscientização quanto à importância dos conceitos ergonômicos no ambiente de trabalho, contudo, há um movimento em torno do assunto para o desenvolvimento de projetos de melhoria coletiva. "Devemos trabalhar mais a ergonomia cognitiva e a acessibilidade dos trabalhadores para que estes tenham maior eficiência e qualidade de vida", concluiu.
Texto: Juliana Demarco (estagiária de Jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)