Memória

Exposição lembra vida e obra do Marechal Rondon

Rondon defendeu os índios brasileiros Foto: Fundação Banco do Brasil
Rondon defendeu os índios brasileiros Foto: Fundação Banco do Brasil

O Memorial da Câmara Municipal de Porto Alegre apresenta, até 30 de janeiro, a exposição itinerante Rondon, a Construção do Brasil e a Causa Indígena. São 16 painéis de fotos e textos produzidos pelo Projeto Memória, da Fundação Banco do Brasil, que contam a história do Marechal Rondon, sertanista e patrono das Comunicações, e destacam seu legado para os índios brasileiros.

Cândido Mariano da Silva Rondon nasceu em 5 de maio de 1865, em Mimoso, distrito de Santo Antonio do Leverger, Mato Grosso. Atuou no Regimento de Artilharia a Cavalo e cursou Matemática e Ciências Físicas e Naturais na Escola Superior de Guerra, no Rio de Janeiro. Em diversas  expedições, ajudou a interligar o Centro-Oeste e a Amazônia ao Sudeste por meio de linhas telegráficas e inspecionou as fronteiras do Amapá ao Rio Grande do Sul. Seu trabalho é reconhecido mundialmente. O Instituto de Geografia de Nova York, por exemplo, inclui Rondon entre os cinco maiores exploradores do planeta, e o meridiano 52-W leva seu nome.

 De origem indígena, Rondon participou dos movimentos abolicionista e republicano e, entre 1901 e 1946, liderou a pacificação dos índios Bororós, Nhambiquaras, Botocudos, Umotinas, Parintintins, Urubus e Xavantes. “Morrer se preciso for; matar nunca” era seu principal lema. Como lembrou o antropólogo Darcy Ribeiro, no enterro do amigo e colega, Rondon deveria ser lembrado, especialmente, por defender o respeito aos índios como povos independentes, a garantia da posse das terras onde habitam e a proteção direta do Estado a essas comunidades, não por favor ou caridade, mas como direito primordial.

Rondon morreu aos 92 anos, em 19 de janeiro de 1958, data de aniversário do francês  Auguste Comte, criador do Positivismo - filosofia admirada pelo sertanista. Seu corpo foi enterrado com honras de chefe de Estado no Cemitério São João Batista, na cidade do Rio de Janeiro.

A exposição está montada no saguão térreo da Câmara (Avenida Loureiro da Silva, 255) e pode ser visitada das 8h30min às 18 horas, de segundas a quintas-feiras, e das 8h30min às 16h30min, às sextas-feiras, com entrada franca. Informações: (51) 3220-4187 e 3220-4318 ou no site www.projetomemoria.art.br

Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)