Fórum quer controle de zoonoses compatível com bem-estar animal
O coordenador do Fórum pelo Bem-Estar dos Animais, vereador Claudio Sebenelo (PSDB), defendeu nesta segunda-feira (29/01) à noite, na primeira reunião do Fórum em 2007, a inversão da política de controle de zoonoses da Prefeitura de Porto Alegre. De acordo com Sebenelo, o controle de zoonoses na Capital deve ser compatível com a defesa do bem-estar animal, ao invés de promover o sacrifício dos animais abandonados. Devemos mostrar que é possível a convivência harmoniosa entre seres humanos e animais. Os participantes da reunião voltaram a criticar duramente a atuação do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), da Secretaria Municipal da Saúde. Comemorando o sucesso dos mutirões de castração de animais domésticos realizados, a partir do ano passado, por veterinários voluntários e defensores do bem-estar animal, eles reivindicam que essa prática torne-se uma política pública do Município e substitua os sacrifícios de animais feitos pelo CCZ.
Representando a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), órgão da Prefeitura responsável pela fiscalização da carroças e remoção de cavalos abandonados nas vias públicas, Vitor Fleck disse que as blitze promovidas pela EPTC carecem da presença de veterinários que possam atestar os casos de maus-tratos aos animais, a fim de que o Batalhão Ambiental e a EPTC possam fazer os encaminhamentos necessários. Ele sugeriu a formação de um cadastro de veterinários voluntários que se dispusessem a realizar essa tarefa durante as blitze. Fleck também apelou para que o Legislativo elabore uma lei específica que regule o trânsito de carroças em Porto Alegre, para que a fiscalização possa ser realizada de forma mais efetiva.
Os voluntários e representantes de organizações não-governamentais (ONGs) defensoras do bem-estar animal presentes à reunião reivindicaram a participação dessas entidades nas discussões sobre o recolhimento de lixo reciclável da Cidade. Eles alegam que, durante a coleta feita pelos carroceiros, ficam caracterizados os maus-tratos aos cavalos. Também acusam o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) de estar sendo omisso ao deixar os carroceiros realizarem tarefa - coleta de lixo - que é prerrogativa do órgão público. Os defensores do bem-estar animal não concordam com a atuação de veterinários voluntários nas blitze da EPTC e defendem que o acompanhamento seja feito por um profissional da Prefeitura.
Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
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