Exposição

Galeria Clébio Sória exibe orixás, caboclos e pretos velhos

Caboclos, que representam o sincretismo com a Igreja Católica Foto: Ederson Nunes
Caboclos, que representam o sincretismo com a Igreja Católica Foto: Ederson Nunes (Foto: Foto de Ederson Nunes/CMPA)
Está em cartaz, na Galeria Clébio Sória, da Câmara Municipal de Porto Alegre, a exposição As Nações do Rio Grande, organizada pela Federação Afro-Umbandista e Espiritualista do Rio Grande do Sul (Fauers). São 35 esculturas de resina e de madeira, criadas pelos artistas Antônio Carlos Nunes e Jorge Kawo, respectivamente, que retratam 17 orixás, 16 caboclos e dois pretos velhos. Como explica o presidente da Fauers, Everton Alfonsin, os orixás representam a ancestralidade; os caboclos fazem o sincretismo com a Igreja Católica e “trabalham na linha de cura”, e os pretos-velhos estão também ligados à cura, mas por meio de benzeduras.

Alfonsin, proprietário do acervo, afirma que a intenção do evento é divulgar e desmistificar a umbanda e as religiões de matriz africana, destacando sua ligação com a natureza e preocupação com o meio ambiente. Junto à exposição está sendo distribuída cartilha com orientações sobre preservação, direitos humanos e religiosidade. Ele conta que a mostra esteve em cartaz na Assembleia Legislativa em abril deste ano, tendo recebido assinaturas de mais de 3 mil pessoas de todo o Estado no livro de visitação.

A exposição está aberta até esta sexta-feira (21/8), das 8h30min às 18 horas, de segundas a sextas-feiras, no térreo da Câmara (Avenida Loureiro da Silva, 255), com entrada franca. Organização da Fauers e da Seção de Memorial da Câmara e apoio do gabinete do vereador Delegado Cleiton (PDT). Informações: (51) 3220-4318.

Texto e edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)