Grande Loja do RS deve se tornar Área Especial de Interesse Institucional

Entrou em tramitação, na Câmara Municipal de Porto Alegre, o projeto de lei complementar nº 007/15, de autoria do vereador Márcio Bins Ely (PDT), que cria e declara como Área Especial de Interesse Institucional o terreno ocupado pela Grande Loja do Rio Grande do Sul há 87 anos, na Avenida Praia de Belas, 560. Segundo o vereador, a Maçonaria atua na sociedade com ações culturais voltadas aos jovens carentes e idosos, com apoio financeiro e trabalho voluntário de seus membros, das entidades sem fins lucrativos como a ONG Escoteiros do Brasil/RS, além de realizar ações educacionais de esclarecimento e de combate às drogas. 

Bins Ely ressalta que pertenceram aos quadros da Grande Loja homens públicos de diferentes matizes políticos, que ajudaram na construção social, cultural e física de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul. “A Grande Loja do RS foi declarada de utilidade pública pela Lei nº 7.413, de 5 de abril de 1994, pela Câmara, sancionada pelo prefeito de então, Tarso Genro", afirma o vereador. "Essa declaração demonstra o reconhecimento unânime da relevância histórica e cultural, por todas as correntes políticas que compõem os poderes Legislativo e Executivo da Capital.”

Para Bins Ely, é cabível a instalação de Área Especial de Interesse Institucional no terreno ocupado pela Grande Loja, "pois tal conceito é direcionado aos chamados equipamentos urbanos". O vereador conclui afirmando que esse enquadramento legal é necessário para que a entidade possa expandir sua estrutura física, tão necessária para atender e continuar a acolher suas ações culturais, bem como para atender e acolher o coletivo de mais de 7.500 obreiros.

Na exposição de motivos do projeto, o autor lembra que a Maçonaria é uma instituição universal que tem como primacial fundamento a crença em um Ser Supremo, que denomina Grande Arquiteto do Universo. Essa crença e o amor à humanidade são bases fundamentais da fraternidade universal e da doutrina da instituição. Proclama o culto à pátria, considerando-a o lar comum e a força vital que anima seu povo e que consagra o respeito absoluto à família, como sustentáculo moral da sociedade.

Conforme Bins Ely, a Maçonaria honra e dignifica o trabalho como um dever essencial do ser humano, sendo seus membros intitulados obreiros. "Como ciência do progresso, a Maçonaria procura exaltar sua filosofia por meio da luz e da verdade, atributos reais da inteligência, ensinando, em seus templos, a prática do amor fraternal e o respeito a tudo o que é consagrado pela virtude e pela sabedoria", diz. "Respeitando os ideais dos seus membros, proíbe em suas reuniões quaisquer discussões sobre temas religiosos ou políticos."