Lideranças

Discursos em tempos de Liderança

Os vereadores da Capital abordaram nesta quinta-feira (18/5), em tempo de liderança de seus partidos, os seguintes temas:


APOSENTADORIA – A vereadora Sofia Cavedon (PT) disse estranhar o pedido de revisão de aposentadoria feito pelo secretário Municipal da Saúde, Pedro Gus, após 20 anos. “Acho estranho que só agora o secretário pede reabertura do processo em benefício próprio”, ressaltou. De acordo com a parlamentar, o médico pede adicional noturno retroativo aos 20 anos. Ainda conforme a vereadora, o primeiro relatório encaminhado pelo HPS ao Previmpa dizia que, naquela época, os médicos não registravam suas efetividades e que agora, numa segunda informação, o próprio HPS emite um certificado contraditório ao primeiro, confirmando o cumprimento de horas-extras pelo médico. “É uma situação preocupante.” (RA)

APOSENTADORIA II – Claudio Sebenelo (PSDB) esclareceu que os médicos passaram a ter direito a hora-extra após lei sancionada pelo então prefeito João Verle dando aos plantonistas o direito a tal benefício. “A lei faculta ao secretário esse direito de solicitar benefícios retroativos”, disse. O vereador esclareceu que atualmente os médicos registram suas presenças através de pontos eletrônicos e que, na época do secretário, as presenças eram marcadas através assinatura no livro ponto. “Quero que a vereadora Sofia diga se ela  também não assinava ponto enquanto professora.” O parlamentar disse que a vereadora quer explorar o assunto politicamente. “Não vamos fazer um cavalo de batalha.” (RA)

APOSENTADORIA III – João Antonio Dib (PP) disse que o secretário Pedro Gus não precisa da defesa da Câmara Municipal. “A população conhece a integridade dele”, ressaltou. Para o parlamentar, um homem com todos os títulos como os do secretário não precisa se preocupar com tais acusações. “A lei dirá se ele tem razão ou não”, afirmou. Para Dib, Gus tem direito de buscar na justiça o que entende que lhe é de direito. “Recebi cópia do processo e vou estudar com atenção, mas acho que não devo me preocupar.” (RA)

TÁTICA – Clênia Maranhão (PPS) manifestou-se dizendo que o PT insiste na “velha tática” de repetir várias vezes a mesma mentira até que ela seja vista como verdade. Segundo Clênia, a vereadora Sofia Cavedon (PT) usa este método ao afirmar que não houve audiência pública sobre o processo do novo modelo de limpeza urbana implanto pela prefeitura em Porto Alegre. “Foram feitas nove audiências em vários bairros da Capital”, declarou. Na opinião de Clênia, o que tem preocupado a vereadora Sofia é novo processo democrático instalado no governo José Fogaça. “Não posso entender como alguém pode ficar de mau humor com uma forma de trabalhar que permite ampliar a participação de toda a população.” (RA)

SEGURANÇA I – José Ismael Heinen (PFL) fez uma análise da violência registrada em São Paulo nos últimos dias. “Em menos de uma semana, nós temos um saldo de 138 pessoas assassinadas em São Paulo. Isso deve ser quase o mesmo do que em um ano de guerra entre Estados Unidos e Iraque.” Para Heinen, a União tentou fazer em SP uma intervenção como a feita na área da saúde no município do Rio de Janeiro para tentar desmerecer o trabalho do prefeito César Maia. “O governo federal estava louco para colocar sua guarda nacional, numa espécie de intervenção branca em São Paulo, mas, felizmente, o governo paulista não aceitou isso”. Para Heinen, só há uma maneira de combater a violência: “Buscar os exemplos positivos e mostrar o respeito das autoridades.” (JP)

SEGURANÇA II – Raul  Carrion (PCdoB) lembrou que amanhã, às 10 horas, haverá uma sessão solene para entrega de prêmio à Caixa Econômica Federal, que está comemorado 145 anos de existência. “Foi a Caixa que garantiu as primeiras poupanças dos escravos”, afirmou. Ele também comentou sobre a questão da segurança. “A nação está estarrecida com as denúncias de chacina; viu-se a notícia que o governo de São Paulo não aceitou ajuda do governo federal”, declarou. “Isso porque fez acordo com os criminosos. A advogado do PCC viajou no helicóptero da Polícia Civil e até televisores coloridos para os presos assistirem à Copa entraram no acordo”. (JP)

SEGURANÇA III – Sebastião Melo (PMBD) criticou o que considera fazer política em cima de desgraça alheia. “Precisamos usar esse tema não como palanque, mas como busca de soluções”, disse. Para Melo, o responsável pela segurança públicas em primeiro lugar deveria ser o governo da União, que fica com 63% da arrecadação total. “E o atual governo diminuiu 40% as aplicações na segurança pública.” O líder do PMDB na Câmara afirmou que, “nesse governo, tudo que se prometeu se fez ao contrário, e, por isso, inocentes morreram em São Paulo”. Por fim, o vereador enfatizou que não tratará do assunto como palanque eleitoral. (JP)
 
José Possas (reg. prof. 5530)
Regina Andrade (reg. prof. 8423)