Moradores reclamam contrapartidas da Goldsztein
O presidente da Associação dosMoradores do Bairro São Sebastião (Ambass), Gilmar Drago, confirmou que as praçasChasque, Torben Friedrich e Ivo Correia Meyer receberam as reformas e a colocaçãode equipamentos previstos como compensação pelos danos ambientais causados pelaobra. No entanto, diz ele, a Secretaria Municipal de Planejamento haviagarantido à comunidade que o habite-se só seria concedido à incorporadora apósa realização do depósito dos R$ 900 mil. O secretário, à época, nos disse que,tão logo fosse depositado o recurso, seríamos avisados. Mas a Goldszteinrecebeu o habite-se e ainda não fez o depósito. Temos a expectativa de que esse valor não tenha sido gravado pela prefeitura semprévia discussão com a comunidade.
Drago também cobrou explicações da construtora sobre a construção de um muro, com extensão entre a Avenida Sertório e a Rua Presidente Juarez, que estaria impedindo a entrada de luz solar nas casas da Rua Lasar Segall. Segundo ele, a Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov) teria inclusive autorizado a modificação do projeto original, possibilitando que a altura fosse aumentada para 5 metros, ao invés dos 3 metros previstos inicialmente.
Arepresentante da Smov, Jacqueline Tavares, esclareceu que a Goldsztein não haviadepositado os R$ 900 mil porque ainda estava sendo estudada uma forma legal dereverter esses recursos para a comunidade. Já o engenheiro Marcus Vanin, daGoldsztein, explicou que o muro construído pela incorporadora é considerado,tecnicamente, como parede de divisa, o que justificaria a sua altura.
O presidente da Cuthab, vereadorPaulinho Rubem Berta (PPS), garantiu que a Comissão encaminhará relatório dareunião para o Executivo municipal, solicitando as informações reivindicadaspela comunidade. Para o vereador Dr. Goulart (PTB), é preciso que haja umadecisão política da prefeitura, além das soluções técnicas indicadas no caso. Porque se concede habite-se para grandes empreendimentos, se o mesmo não ocorre em relação às habitaçõespopulares?, questionou. Já o vereador Alceu Brasinha (PTB) destacou o fato deos moradores estarem residindo há muito tempo naquela região, sendo necessárioque se busquem alternativas para que eles não tenham a sua qualidade de vidaafetada pelos impactos do novo empreendimento.
Texto: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
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