Novas pontes na Ipiranga vão desafogar o trânsito, diz EPTC
O presidente da Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação (Cuthab), vereador Elias Vidal (PPS), e o vice-presidente, vereador Engenheiro Comassetto (PT), estiveram nesta terça-feira (1/6) na Vila São Judas Tadeu, localizada ao lado da área de estacionamento da PUCRS, no Bairro Partenon. A comunidade reclama da construção de uma ponte sobre Arroio Dilúvio na esquina da Avenida Ipiranga com a Rua Nelson Duarte Brochado, principal via de acesso à vila.
Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto pelo Ministério Público Estadual (MPE) havia sido assinado entre o Município e a Pontifícia Universidade Católica do RS (PUCRS), em janeiro de 2009, com o objetivo de estabelecer cooperação mútua, regularização e aprovação do plano diretor elaborado pelos técnicos da prefeitura para executar obras viárias no entorno da universidade. As mudanças viárias na região, segundo os técnicos, visariam a desafogar o fluxo intenso de automóveis nas proximidades da PUCRS.
Na ocasião, o coordenador de Projetos Viários Especiais da Empresa Pública de Transportes e Circulação, Julio Miranda, garantiu aos representantes dos moradores de que não haverá duplicação da rua, como previsto inicialmente no plano diretor, e negou que as mudanças visassem a atender os interesses da universidade. Segundo ele, a construção de duas pontes na Avenida Ipiranga uma na esquina com a Nelson Duarte Brochado e outra no trecho entre o campus da PUCRS e a Avenida Cristiano Fischer tem o objetivo de encurtar o trajeto para fazer o retorno dos automóveis que trafegam pela Ipiranga no sentido Bairro-Centro.
Desta forma, a conversão para a pista contrária, na Ipiranga que atualmente é feita na Avenida Salvador França , passará a ser feita antes, pela ponte situada na esquina da Nelson Duarte Brochado. A medida, segundo o técnico da EPTC, aliviará o fluxo de carros na Ipiranga em direção à Terceira Perimetral. Da mesma forma, o retorno para tomar o sentido Bairro-Centro na Ipiranga será antecipado para a segunda ponte, nas proximidades da entrada da PUCRS, desafogando a Cristiano Fischer.
Segurança
Jeferson Pereira, da Associação de Moradores da Vila São Judas Tadeu (Amovita), sugeriu à EPTC que a ponte a ser construída no acesso à Vila seja deslocada alguns metros em direção à PUCRS, evitando assim o aumento de trânsito na Nelson Duarte Brochado. Os moradores da São Judas Tadeu também reclamam da falta de segurança a que os moradores estão sujeitos, devido ao intenso tráfego de veículos e à alta velocidade com que eles transitam nas proximidades da vila. "Para a EPTC e para a PuCRS, esta mudança proposta pelos moradores não traria problemas. Mas acho que haveria grandes perdas para a própria comunidade, que precisa analisar melhor a medida.", disse Julio Miranda.
Os vereadores Elias Vidal (PPS) e Engenheiro Comassetto (PT) lembraram que o prefeito José Fortunati determinou que seja formada uma comissão com representantes das partes envolvidas, a fim de discutir o tema e encontrar soluções de consenso. "É preciso unir os aspectos técnicos aos políticos nesta questão", disse Comassetto. Para Elias Vidal, a intermediação da Cuthab é fundamental para avaliar os impactos das mudanças na região e garantir que os interesses da comunidade também sejam contemplados.
Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
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