Novo sistema compartilhado de bicicletas começa em dezembro

O novo sistema de compartilhamento de bicicletas de Porto Alegre deverá entrar em operação dentro de três semanas com 733 vagas , 410 bicicletas nos pontos de aluguel e igual número de unidades para backup. A informação foi repassada aos vereadores da Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos (Cedecondh) da Câmara Municipal nesta terça-feira (14/11). A operadora do serviço, patrocinada pelo Banco Itaú e sob controle técnico da EPTC, a Tembici, irá modificar o sistema com aperfeiçoamentos em relação ao que será descontinuado.

Segundo a gerente operacional da Tembici, Gabriela de Almeida, o aluguel dos equipamentos poderá ocorrer com pagamento no cartão de crédito, uso do TRI ou cadastramento no site. Ela garantiu bicicletas mais robustas e com manutenção rápida por equipes de mecânicos especializados em consertos de bicicletas nas ruas, não necessitando levar às oficinas. Com isso, a expectativa já no primeiro mês de entrega do serviço é subir a demanda dos 27 mil usuários para 50 mil somente nos primeiros 30 dias após a inauguração do sistema. “Trata-se da mesma tecnologia empregada em Nova York e Londres”, adiantou Gabriela de Almeida.

Para o gerente de projetos especiais da EPTC, Antônio Vigna, as estações ficarão bem mais próximas umas das outras. Conforme esclareceu, essa modificação irá melhorar a logística de busca e devolução. Ele reconheceu que há atraso na execução do plano cicloviário de Porto Alegre, mas garantiu que as melhorias no sistema e a conclusão de trechos ainda inacabados deverá ocorrer com maior celeridade a partir do próximo ano.

O vereador proponente da reunião sobre o novo sistema compartilhado, Marcelo Sgarbossa (PT), explicou o motivo do convite para a presença da Tembici e a EPTC na Cdecondh. Conforme opinou, o sistema ora saindo de operação gerou muitas reclamações pela qualidade dos equipamentos, dificuldade para alugar pelo aplicativo considerado obsoleto, o que gerou muitas reclamações da parte dos usuários. “Detectamos muitos problemas, como bicicletas fora das estações ou danificadas. Se a bicicleta não funciona, o cidadão muda de modal porque ele perde a confiança no sistema."

A vereadora Comandante Nádia (PMDB) assinalou que a reunião de hoje faz parte de uma construção de melhoria da vida dos porto-alegrenses. Ela considerou positiva a chegada de bicicletas melhores e com mais logística para ampliar o modal. Alex Fraga (PSOL) pediu maior descentralização pensando como transferir o modal para os bairros distantes como Restinga, Lami e Belém Novo. Participaram também da reunião os vereadores João Bosco Vaz (PDT) e Cassiá Carpes, que, na condição de presidente da Cedecondh, coordenou evento.

Texto: Fernando Cibelli de Castro (reg. prof. 6881)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)