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Permanece impasse na Vila Operária A. J. Renner

Vereadores da Cuthab visitaram Vila Operária nesta quarta Foto: Kaiser Konrad
Vereadores da Cuthab visitaram Vila Operária nesta quarta Foto: Kaiser Konrad

Vereadores e lideranças comunitárias estiveram na manhã desta quarta-feira (6/6) na Vila Operária A. J. Renner. A visita atendeu acordo firmado durante reunião realizada pela Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação (Cuthab) na terça-feira (5/6). Os vereadores se propuseram a comparecer ao local para conferir informações dos moradores de que a vila estaria alagada. Esse fato teria levado 60 famílias a ocuparem casas de passagem da Prefeitura, localizadas na Avenida A. J. Renner.

No local, os parlamentares constaram, juntamente com representantes do Demhab, Defesa Civil e Departamento de Esgotos Pluviais (Dep) que, das 180 casas, nove estão em condições precárias e foram consideradas interditadas para moradia. Conforme o diretor-geral do Demhab, Fernando Mussalle, existe uma ação judicial para reintegração das casas. “Essas são para outras famílias já cadastradas junto ao Demhab, portanto, eles não podem ficar aqui”, disse.

De acordo com o presidente da Associação dos Moradores da Vila Operária A. J. Renner, Itamar Guedes, os moradores não pretendem continuar ocupando as casas, porém pedem uma solução definitiva para o alagamento da Vila. “Precisamos que o Dep e o Dmae resolvem o nosso problema, refazendo definitivamente a rede de esgoto”, pediu Guedes.

O presidente da Cuthab, vereador Elói Guimarães (PTB), juntamente com os vereadores Guilherme Barbosa (PT), que solicitou a visita, Alceu Brasinha (PTB) e Ervino Besson (PDT), propuseram, de comum acordo com órgãos municipais, que a prefeitura disponibilizasse nove kits emergenciais para substituir as casas interditadas, além de uma ação de valeteamento para escoar a água, o que, segundo disseram, resolveria de forma emergencial a situação. “Porém, o restante das famílias devem desocupar as casas de passagem e retornar para suas moradias”, pediu Elói Guimarães.

Mussalle informou ainda existir na Prefeitura projeto de Regularização Fundiária contemplando esta vila, que pretende resolver a situação. "Isso, porém, demanda algum tempo, pois questões burocráticas precisam ser resolvidas. Eles precisam ter um pouco de paciência”.

A proposta não foi aceita pelos moradores, que pediram uma ação definitiva. “Não vamos sair daqui enquanto não solucionarem o problema de todas as famílias”, enfatizou o presidente da Associação. Mussalle reiterou que, a partir da decisão dos moradores, a ação judicial de reintegração de posse continuaria. “Tentamos um acordo, mas vejo que não foi possível”.

Diante do impasse, Elói Guimarães propôs uma reunião com o prefeito José Fogaça na tentativa de continuar as negociações. “Em não havendo acordo, vamos para outra instância”, informou. Os vereadores da comissão prometeram agendar a reunião com o prefeito e lideranças da comunidade.

Regina Andrade (reg. prof. 8423)