Plenário

Discursos de Lideranças

Na sessão ordinária desta quarta-feira (1º/11), vereadores e vereadoras trataram dos seguintes assuntos no período de Lideranças:

VENEZUELIZAÇÃO – Haroldo de Souza (PMDB) disse que apesar de ter sido eleito com 58 milhões de votos, existe um grande contingente da população que não apoiou Lula nas eleições. “Trinta e nove milhões votaram em Alckmin e 23 milhões não votaram”, salientou. O vereador lembrou ainda que tramita no Supremo Tribunal Federal (TSE) peça judicial que envolve o presidente Lula, o qual, se condenado, não poderá assumir seu segundo mandato. “Se isso acontecer, espero que não haja uma venezuelização no Brasil e que a decisão do TSE seja cumprida”. (HP)

VOTOS – Ao comentar o segundo turno das eleições, Nereu D’Avila (PDT) destacou a vitória de seu partido no Maranhão, derrotando uma hegemonia de 40 anos, além da disputa apertada vivida no Paraná: “Quase, quase vencemos nesse estado”. Em relação à vitória de Lula, o vereador disse ter sido o presidente reeleito pelos “grotões contra a civilização”. “Os votos foram menos em Alckmin e mais contra o estado de vergonha do país”. Nereu, entretanto, afirmou que o PDT respeita a legitimidade do voto: “Nada melhor do que o espetáculo da democracia visto no domingo”. (HP)

VITÓRIA – Manuela d’Ávila (PCdoB) lamentou que Nereu D’Avila (PDT) tenha dividido o Brasil em grotões e civilização. “Todos nós somos civilizados e se o RS é mais politizado, é porque seus políticos não se sentem superiores aos cidadãos”, afirmou. Manuela também criticou o fato de no RS ter sido feita o que considerou como a campanha mais preconceituosa. “Aqui nossos adversários apresentaram um adesivo com os quatro dedos do presidente sob uma faixa de proibido”. Para a vereadora, contudo, é o povo que está construindo o país: “Por isso vencemos as eleições”. (HP)

LULA – Sofia Cavedon (PT) disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi reeleito porque o povo brasileiro entendeu que é possível construir um país de inclusão social, que enfrenta a miséria e a desnutrição com programas como o Bolsa Família. A vereadora afirmou que o governo tem se dedicado à consolidação de metas importantes, como a auto-suficiência em energia e o combate à corrupção. Segundo ela, o governo de Lula não teve “dó nem piedade nem dos seus”. (CB)

DISPUTAS – Luiz Braz (PSDB) afirmou que, na Câmara Municipal, há uma falta de sintonia com o restante do país. O vereador lembrou que, ao término do segundo turno de votação, o candidato a presidente derrotado, Geraldo Alckmin, de seu partido, ligou prontamente para Lula com o intuito de cumprimentá-lo pela vitória. Olívio Dutra, candidato derrotado do PT ao governo do RS, fez o mesmo, telefonando para Yeda Crusius, do PSDB. Na opinião de Braz, as oposições não podem ficar obstruindo o trabalho dos governos porque há milhões de pessoas que precisam dos políticos para vencer a miséria. (CB)

REORGANIZAÇÃO – Maristela Maffei (PSB) disse ter ficado orgulhosa com a reorganização das esquerdas observada no segundo turno das eleições. A vereadora lembrou que, no primeiro turno, Geraldo Alckmin teve ampla vitória no Rio Grande do Sul, mas essa vantagem caiu no segundo turno devido à manifestação das esquerdas. Maristela também elogiou a altivez de Olívio Dutra, que é “uma característica natural das pessoas de bem”. Ainda comentou que reduzir a vitória de Lula é fruto da pequenez e da falta de informação de algumas pessoas. (CB)

ECONOMIA – Elói Guimarães (PTB) lamentou que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro tenha tido um crescimento ínfimo, superando apenas o do pequeno Haiti, na América Central. “Isso dá a dimensão do que deixamos de cumprir em termos de geração de emprego, por exemplo”, afirmou. O vereador lembrou que o crescimento do PIB tem conseqüências diretas sobre a geração de emprego e as possibilidades salariais. Elói ainda criticou programas como o Bolsa Família, que, na sua opinião, é, na verdade, uma política eleitoreira e não de governo. (CB)

COTAS - Professor Garcia (PPS) sugeriu manifestação do prefeito Ari Vanazzi, de São Leopoldo, sobre o parecer do TCE que julgou inconstitucional a destinação de cotas para negros naquela cidade. “É importante o prefeito colocar publicamente sua posição quanto ao que está acontecendo”, disse, destacando que, na Capital, o prefeito José Fogaça ingressou com liminar cujo mérito ainda não foi julgado.  A lei aprovada em São Leopoldo prevê a reserva de 12% das vagas para afro-descendentes em concursos públicos em São Leopoldo. (AB)

ELEIÇÕES - Ismael Heinen (PFL) lamentou que o “Brasil consciente” não tenha sido a maioria nas eleições presidenciais. “No Estado de menor incidência de Bolsa Família o senhor Luís Inácio foi derrotado”, disse, sobre a votação que manteve Lula no Palácio do Planalto. Heinen também cumprimentou a governadora eleita, Yeda Crusius, desejando sucesso na condução do Rio Grande do Sul. “Sabemos das grandes dificuldades que terá para administrar as deficiências, a bancarrota do Estado”.  (AB) 

Andréia Bueno (reg. prof. 8148)
Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)