Plenário

Discursos de Lideranças

Durante o período destinado às comunicações de lideranças, na sessão desta quarta-feira (7/6), os vereadores trataram dos seguintes temas:

MSLT - Manuela d’Ávila (PCdoB) disse que a bonita manifestação de civilidade ocorrida ontem, no Paço Municipal, em Porto Alegre, quando foi sancionada a lei que permite a meia-entrada para os estudantes, contrastou com a “terrível” invasão à Câmara dos Deputados, em Brasília. Disse ter a convicção de que os “brasileiros lúcidos” condenam veementemente os atos praticados pelo MLST, ontem, no Congresso, mas lamentou que a oposição ao governo Lula tenha aproveitado para “desvirtuar a discussão e transformar o assunto em palco da batalha política”. (CS)

COPA - Haroldo de Souza (PMDB) traçou paralelo entre a Seleção Brasileira e a política. Lembrando que viaja, esta semana, para cobrir a Copa do Mundo na Alemanha, disse ser difícil encontrar um brasileiro que se mantenha alheio ao futebol durante as Copas e afirmou que “a entrega da torcida é um espetáculo à parte”. Segundo ele, na hora do jogo, todos são embalados pela fantasia e pelo orgulho das conquistas. “Por que não há o mesmo ímpeto, entrega e amor ao país na política?”, questionou. Conclamou todos a, depois da Copa, cobrarem novos posicionamentos dos políticos. (CS)

EXÉRCITO – José Ismael Heinen (PFL) lamentou os acontecimentos dessa terça-feira em Brasília, mas disse não aceitar que pronunciamento de liderança de seu partido seja usado para responsabilizar o Exército pela falta de ordem ou, através disso, serem lembradas ações protagonizadas por essa força em outras épocas. “Não devemos usar o passado para justificar o presente”, afirmou. Heinen disse ainda esperar não ser preciso ser chamado o Exército para se garantir a ordem ou a democracia. “Temos todos de ser suficientemente responsáveis para construir uma democracia honrada, sensata e igualitária”. (HP)

AEROPORTO – Cláusula suspensiva de contrato que permitirá repasse de recursos a serem utilizados na remoção de famílias da Vila Dique, com vistas a ampliar a pista do Aeroporto Salgado Filho, foi prorrogada por mais 180 dias. A informação foi apresentada ao plenário por Elói Guimarães (PTB), como relato de viagem feita na terça-feira a Brasília. O vereador esteve na Capital Federal representando a Comissão de Urbanização, Transporte e Habitação (Cuthab). Na quinta-feira, como lembrou ainda Elói, a comissão deverá visitar área na Estrada João Farias, local que receberá os assentados. (HP)

BADERNA – “Está na hora de as autoridades tomarem algumas atitudes e não apenas distribuírem notas à imprensa”. Ao fazer essa afirmação, Nereu D’Avila (PDT) criticou veementemente a invasão do Congresso Nacional, na terça-feira, em ato protagonizado pelo MLST. “Isso não é democracia, é baderna. É necessário que a Nação proteste”. Conforme o vereador, atos semelhantes ficaram impunes, o que, para ele, estaria motivando ações dessa natureza. Nereu lembrou ainda que o MLST recebeu verbas federais e que seu líder já pernoitou na Granja do Torto, demonstrando sua intimidade com o presidente da República. (HP)

IMPUNIDADE – Elói Guimarães (PTB) afirmou serem mais graves os danos resultantes do ataque à instituição democracia do que os prejuízos materiais que ficaram como saldo da invasão ao Congresso Nacional, na terça-feira, em ação do MLST. “Grassa a impunidade, e as autoridades passam a mão por cima”. O vereador lembrou que outros atos de vandalismo, como a destruição do relógio dos 500 anos, em Porto Alegre, e a invasão da Aracruz Celulose, em Eldorado do Sul, também não tiveram uma reação firme de parte das autoridades. “A baderna absoluta, seguida de impunidade, é contrária à liberdade e à democracia”, salientou. (HP)

SALÁRIOS – João Dib (PP) apelou à Mesa Diretora da Câmara para que convoque extraordinariamente a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) com urgência para avaliar a alegada ilegalidade do decreto do prefeito que, segundo ele, subtraiu parte da reposição salarial devida aos servidores. Segundo ele, a reposição deveria ter como base  IPCA de 4,63% e não o percentual definido pelo Executivo e a ser pago em duas parcelas. Dib disse que a redução atinge 26 mil famílias de servidores. (CB)

VANDALISMO – Clênia Maranhão (PPS) definiu como estarrecedor o episódio ocorrido ontem no Congresso, invadido por dissidentes do MLST. A vereadora disse que, além de terem espancado funcionários do legislativo nacional, os manifestantes feriram a democracia brasileira. Na sua opinião, o protesto abre um “precedente grave em um país com uma história democrática tão curta”. Lamentou que a violência tenha sido coordenada por um membro da Executiva do PT, o partido de Lula. (CB)

CONGRESSO – Sofia Cavedon (PT) afirmou que ficou assustada com os comentários de alguns vereadores sobre a invasão do Congresso, manifestados, segundo ela, em tons de ameaça de volta do regime de exceção e da saída dos “milicos dos quartéis”. Conforme a vereadora, esses discursos são feitos por “viúvos e viúvas da ditadura”, que não toleram que um “operário, nordestino, trabalhador e pobre” seja presidente da República. Sofia defendeu a atitude do presidente da Câmara Federal, Aldo Rebelo, de mandar prender os manifestantes. “Ele defendeu o Congresso”, enfatizou. (CB)

HIPOCRISIA – Luiz Braz (PSDB) tachou de “excesso de hipocrisia” a atitude de vereadores de partidos como o PT e PCdoB de criticar o protesto no Congresso, quando, segundo ele, apoiaram as invasões dos plenários da Assembléia Legislativa e da Câmara Municipal de Porto Alegre em outras ocasiões. Braz definiu como covardia do  presidente da Câmara Federal, Aldo Rebelo, o fato de o deputado não ter chamado imediatamente a polícia e soldados para conter a invasão. “Ele colocou frente a frente 500 arruaceiros e 21 seguranças do Congresso, que ficaram feridos, um deles em estado grave”, afirmou. Braz disse que duvida que Bruno Maranhão, incentivador do protesto, seja expulso do PT. (CB)

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)