Plenário

Discursos de Lideranças

Os vereadores de Porto Alegre trataram dos seguintes assuntos nos discursos de Lideranças da sessão plenária desta segunda-feira (6/11)

JUSTIÇA - Maristela Maffei (PSB) leu nota emitida pelo PSB lamentando a condenação judicial do sociólogo Emir Sader por ter chamado o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen, de racista. Segundo a nota, a Justiça considerou que Bornhausen, ao afirmar que "a gente vai se ver livre desta raça (petistas) por pelo menos 30 anos", não cometeu crime de racismo, mas estranhamente considerou injuriosa a resposta de Emir Sader ao pefelista. “A condenação de Emir Sader equivale às cassações ocorridas nos anos de chumbo da ditadura militar no país”, afirmou Maristela Maffei. (CS) 

MAURICIO – Raul Carrion (PcdoB) Parabenizou as vereadoras Maoela DÁvila (PcdoB) e Margarete Moraes (PT), que juntamente homenagearam o cartunista e historiador  Mauricio de Sousa com o título de Cidadão de Porto Alegre, em sessão realizada na manhã de hoje (6). “Tivemos a oportunidade de conhecer mais sobre a vida desta personalidade que muitas perseguições políticas sofreu defendendo o nosso Brasil”. Também comentou sobre a vitória dos moradores do Parque dos Maias, que conquistaram na justiça suas reivindicações. (RA)

ELEIÇÃO I – Haroldo de Souza (PMDB) elogiou o projeto Portais da Cidade, que considera de primeiro mundo: “Tenho que concordar que o projeto é bom, vamos estudar e aprovar, independente de quem venha”. Também recordou que o presidente Lula foi reeleito com 58 milhões, mas que 23 milhões deixaram de votar. “Isso significa que não queriam nenhum dos dois candidatos. E os votos brancos e nulos foram mais de sete milhões”. O líder do PMDB também lamentou que 7,5 milhões de brasileiros vivem nas ruas. Por fim, Haroldo lamentou a notícia veiculada hoje nos jornais da Capital sobre o episódio ocorrido ontem em que uma mulher caiu de uma ambulância que trafegava na rua Vicente da Fontoura. “Isso é um desleixo!” (JP)

ELEIÇÃO II – Ervino Besson (PDT) também relembrou alguns episódios da eleição. “A gente é obrigado a pensar que a reeleição do Lula, mais uma vez, foi uma ducha de água fria. Porque o Lula pregou que iria valorizar a cidadania, que as pessoas se aposentassem com uma vida digna, com retorno, e eis que recebo um texto que diz o seguinte: ‘Lula, que nunca contribuiu com a Previdência, recebe uma aposentadoria de 4.509,25’, por causa da Lei da Anistia. Está dando este belo exemplo”, ironizou Besson. “Isso aí me envergonha como brasileiro. E desvaloriza o valor dos aposentados. (JP)

ANISTIA I - Sofia Cavedon (PT) rebateu Besson, fazendo “mínimos reparos" sobre a anistia, lembrando que um presidente trabalhista, João Goulart, foi deposto pelo golpe militar. "Aliás, muitos líderes pedetistas lutaram contra a ditadura. Foram tempos de corrupção, em que grandes famílias se apoderaram de redes de comunicação." Ela recomendou o filme Zuzu Angel, que mostra um filho morto nos tempos na ditadura “porque pensava diferente”. Relata a dor de viver um regime de exceção no país. "Infelizmente, ainda vemos políticas reacionárias, como a de se falar em extinção de raças, referindo-se ao PT.” (JP)

ANISTIA II – Claudio Sebenelo (PSDB) endossou o comentário de sua colega Sofia “porque sei muito bem o que uma mãe pode sentir na pele, a dor infinita da perda de um filho por morte violenta por pensar diferente, e isso não tem solução". Solidarizando-se, Sebenelo disse que "felizmente, essa época passou no país". Segundo ele, passou o tempo em que uma pessoa era punida por ter pensamentos diferentes. "Mil vezes mais eloqüente o silêncio constrangedor da tragédia do que o dos gritos de dor." Sebenelo também relembrou a “tragédia do Rio do Sinos, com toneladas de peixes assassinados”. (JP)

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Regina Andrade (reg. prof. 8423)
José Possas (reg. prof. 5530)