Plenário

Discursos de Lideranças

Os vereadores da capital abordaram, nesta quarta-feira (23/8), no período de Lideranças de seus partidos, os seguintes temas:

GRATIFICAÇÃO - Sofia Cavedon (PT) manifestou a preocupação de sua bancada quanto ao projeto de lei do Executivo que institui a gratificação de resultado fazendário. “Não podemos compreender nem aceitar o pedido de urgência de um projeto que tramita há tão pouco tempo e sobre o qual não temos a posição dos municipários”. Para a vereadora, trata-se de um tema delicado por interferir em questões como isonomia salarial, gastos com pessoal, carreiras, arrecadação e matriz salarial da cidade. Sofia  alertou que as gratificações terão repercussão imediata sobre o sistema previdenciário municipal, com um déficit estimado em torno de 60 mil reais mensais. (AB)

CRIMINALIZAÇÃO – “Se eu usar um sanitário desta casa, após uma rodada de chope em um ato eleitoral, estarei fazendo uso da máquina administrativa?” Ao fazer esta questão, Ibsen Pinheiro (PMD) lamentou o clima de criminalização da campanha eleitoral: “O bom senso é que deve definir o que é ou não uso da máquina pública”. O vereador disse ser solidário com o presidente Lula e com os candidatos Cristóvam Buarque e Heloísa Helena, acusados de uso da máquina. “E Cristóvam só respondeu um e-mail sobre o seu roteiro”. Para Ibsen, distribuir santinhos também é uma prestação de serviços públicos: “Sem isso não há liberdade ou democracia”. (HP)

REPÚDIO – Manuela d’Ávila (PCdoB) lamentou campanha da emissora de televisão MTV que sugere aos eleitores se municiarem de ovos e tomates por haver apenas corruptos e ladrões como candidatos. “Mesmo parecendo estranho por ser a mais jovem vereadora desta casa, tenho uma moção de repúdio à essa emissora que se propõe ao diálogo com jovens”. Manuela lembrou que as redes de televisão são concessões públicas e disse não ser possível considerar todos os candidatos culpados e já condenados. “A despolitização do povo favorece a compra de votos. Panfletar é distribuir idéias e fazer isso não nos torna membros do crime organizado”. (HP)

TELEVISÃO – Claudio Sebenelo (PSDB) disse não entender o mar de felicidade e de tranqüilidade apresentado nas televisões. “O governo se mostra com notícias maravilhosas, mas essa não é a realidade que vivemos”. O vereador afirmou existir, apenas na região de Porto Alegre, 300 mil desempregados; e lembrou que no início do ano foi prometido pelo governo um crescimento de 10% do PIB para 2006. “Agora anunciam com desfaçatez um índice máximo de 3%”. Sebenelo lamentou ainda problemas nas áreas de segurança, educação e saúde: “Será esse o país calmo e sereno que temos?” (HP)

ELEITORES – Clênia Maranhão (PPS) lamentou o vazio de idéias existente no cenário político do país. “Isso gera desesperança e enfraquece os desejos de melhoria de vida da população”, afirmou. Para a vereadora, as recentes crises políticas no cenário nacional estão agora refletindo nos eleitores: “Muitos se sentem desestimulados aos exercício do voto”. Clênia disse ainda existir uma distância entre o mundo real das pessoas e o da representação parlamentar, de discursos e práticas burocráticas. “Isso reforça a incompreensão da população a respeito das instituições políticas”. (HP)

CRÍTICAS – Ervino Besson (PDT) lamentou que a oposição insista em apenas criticar a administração do prefeito José Fogaça. Lembrou à vereadora Sofia Cavedon (PT) que quem parou de pagar a reposição bimestral aos funcionários municipais não foi o atual governo de Porto Alegre e sim a administração anterior, liderada pelo PT.  Besson disse que, com competência, Fogaça e sua equipe têm tentado evitar que a prefeitura perca o crédito, devido ao alto déficit financeiro herdado da gestão passada. “Parece à oposição que antes tudo era céu”, declarou. (CB)

MUNICIPÁRIOS – Cassiá Carpes (PTB) cobrou coerência dos servidores municipais e criticou o radicalismo dentro da categoria. O vereador recordou que, quando assumiu a Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov), viu um gráfico que apontava 19% de defasagem nos salários dos funcionários. “Quando o prefeito José Fogaça tomou posse, os municipários queriam que ele recuperasse essas perdas, mas essa defasagem foi criada em 16 anos de um governo que passou iludindo o funcionalismo”, afirmou. (CB)

Andréia Bueno (reg. prof. 8148)
Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
Claudete Barcelos (reg. prof.6481)