Plenário

Pronunciamentos em Grande Expediente e Comunicações

Nos períodos destinados ao Grande Expediente e às Comunicações da sessão plenária desta quinta-feira (22/6), os vereadores de Porto Alegre trataram dos seguintes temas:
 
LIXO – Maristela Meneghetti (PFL) disse que, ao sugerir a suspensão do processo de licitação do lixo em Porto Alegre, a Comissão de Economia, Finanças e Orçamento da Câmara (Cefor) cumpriu seu papel de fiscalizar as contas públicas. “A sugestão foi minha, como presidente da Cefor, sem contestação dos demais integrantes da comissão.” Para ela, o processo deve ser paralisado porque é preciso esclarecer a participação do advogado Fábio Pier Domênico, que teria interferido na elaboração do edital, conforme apurou o Ministério Público. “Esse advogado tem vinculação com empresas paulistas de lixo e é investigado em São Paulo”, informou. (MM)

BIOMETRIA - Neuza Canabarro (PDT) manifestou surpresa com a reação da vereadora Sofia Cavedon (PT) ao relatório da CPI da Biometria. Neuza, que produziu o relatório final, observou que o documento não responsabilizou qualquer partido. “Não sou arrogante, mas digo agora que a responsabilidade é do PT, que teve 16 anos frente à prefeitura.” Acrescentou que o relatório não sugere retirar direitos adquiridos de funcionários, mas apenas aponta a necessidade de cumprir a lei. “A vereadora Sofia tentou mudar o foco da CPI e suas contribuições, assim, perderam o valor”, disse. “Cada um de nós deve estar incluído no processo de moralização do país. Não queremos mídia, queremos é trabalho.” (MM)

DROGADIÇÃO – Maria Luiza (PTB) destacou a realização, neste final de semana, da Caminhada pela Vida e do Passeio Ciclístico pela Vida, promovidos pelas comissões municipal e estadual de entorpecentes. A caminhada, como lembrou a vereadora, ocorrerá às 10 horas, no Parque da Redenção, e o passeio terá concentração a partir das 14h30min no Anfiteatro Pôr-do-Sol. “Porto Alegre é a cidade número um em drogadição no país. Temos que mudar isso”. A vereadora lamentou que existam poucos leitos disponíveis na rede pública de saúde para tratamento de drogados. (HP)

RELATÓRIO – Sofia Cavedon (PT) afirmou não ter mudado o foco da CPI da Biometria, mas ter feito sugestões no que considerou lacunas. “Apresentei um documento de 20 páginas apontando inclusive os motivos para tantos pedidos de licenças médicas”, disse. A vereadora salientou que muitas das causas foram indicadas nos depoimentos feitos à comissão: “Muitos falaram sobre os problemas que motivam as licenças médicas e apontaram o estresse como causa”. Sofia lamentou que o relatório da CPI tenha dado ênfase e quantificado os dias de trabalho perdidos. (HP)

TELEFONES – “Telefonia é uma concessão pública e, se o serviço não condiz, troca-se.” Ao fazer essa afirmação, Professor Garcia (PPS) relatou problema vivido por moradores do entorno da Rua Eudoro Berlink, que há meses não dispõem dos serviços da Brasil Telecom. “Não se consegue falar com ninguém da empresa. Pelo 0800 os atendentes passam um para o outro”, informou. O vereador disse ter oficiado o problema à direção da empresa, além da Anatel e do Procon. “Lamentavelmente, o ouvido da Brasil Telecom é inexistente”, declarou. (HP)

VARIG – Ibsen Pinheiro (PMDB) lamentou a falta de intervenção do governo federal no problema da Varig. “Sem considerar os aspectos sentimentais ou sociais, é preciso levar em conta a soberania do país nos transportes aéreos”, declarou. O vereador lembrou que, caso venha a falir, não existe nenhuma empresa no Brasil que possa assumir o espaço atualmente ocupado pela Varig. “Esse mercado será entregue a empresas norte-americanas”, salientou. Ibsen destacou o fato de o próprio governo federal perder recursos com a falência, já que, além de devedor, é também credor dessa empresa. (HP)

EPTC - Mônica Leal (PP) rebateu acusações feitas, ontem, por Carlos Todeschini (PT) contra a EPTC. Mônica disse ter conversado com o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Luis Afonso Senna. Ele informou, segundo ela, que a secretaria tomou várias medidas que beneficiam os ciclistas, entre elas a abertura do corredor de ônibus para a circulação de bicicletas ao domingos e a contratação de empresa para realizar projeto visando à abertura de uma ciclovia na cidade. Mônica afirmou que não é verdadeira a insinuação de que a direção da EPTC estaria incentivando a aplicação de multas. (CS)

LIXO II - Sebastião Melo (PMDB) disse que Maristela Meneghetti (PFL) abordou com propriedade a questão do lixo em Porto Alegre ao dizer que a Câmara deve fiscalizar o assunto. Segundo Melo, a cidade precisa avançar nas políticas de limpeza urbana, aumentando a arrecadação e separação de lixo seco, que hoje é de apenas 15%, bem como dar solução para a circulação de carroças nas ruas da Capital e realizar consórcio para tratar da destinação final do lixo. “Já havia denunciado a indústria de contratos emergenciais na administração anterior. Há interessados no cancelamento da licitação porque desejam a continuidade dos contratos emergenciais.” (CS)

Marco Marocco (reg. prof. 6062)
Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)