Discursos de Lideranças

Os vereadores da Capital falaram, nesta quarta-feira (29/3), em tempo de liderança de seus partidos, sobre os seguintes temas:

SAMBA - Ibsen Pinheiro (PMDB) disse que não viu mais do que “um gesto de euforia” na manifestação da deputada Ângela Guadagnin, que comemorou dançando a absolvição de um colega petista na Câmara. “Uma atitude ingênua, sem dúvida desgraciosa, e não mais que isso”, afirmou, discordando das motivações, mas também da tese de que a deputada teria violado o decoro e quebrado a ética parlamentar. “Se aquele gesto significasse violação, o que seria a violação do segredo do painel de votações?” Ao afirmar que ela foi vítima de preconceito, Ibsen relatou que viu homens festejando de todas as formas, sem receberem a mesma atenção da imprensa. (AB)

SAMBA II - Elói Guimarães (PTB) lamentou a despedida “sob elogios” que o presidente Lula fez a Antônio Palocci. “Banalizaram a corrupção”, criticou o vereador, indignado pela impressão deixada por Lula de que o ex-ministro teria sido injustiçado. Sobre a manifestação de Ângela Guadagnin (PT-SP), Elói argumentou que a condenação não se deveu ao “folclorismo”, mas ao conteúdo que levou a deputada a sambar no plenário. “Uma grande negociata. Tu absolves o meu, que absolvo o teu”, criticou. (AB)

SIGILO - José Ismael Heinen (PFL) classificou de “drama da ruína moral” o escândalo envolvendo a quebra de sigilo bancário do caseiro do ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci. “As autoridades deveriam, no mínimo, conhecer os seus devedores cívicos e públicos”, afirmou o vereador, para quem esse tipo de conduta demonstra descaso em relação ao bem comum. “Quebraram o sigilo de um inocente para amedrontá-lo, depois escancararam o seu extrato e devassaram a sua vida familiar”, lembrou, lamentando que, além da pirataria virtual, o cidadão passe a ter que conviver com o “ilícito constitucional”.  (AB)

SEGURANÇA - Sofia Cavedon (PT) disse que a Câmara deve debater mais os temas que “deixam a sociedade em pânico”, como a falta de segurança. Ela citou o episódio de um garoto autista que foi agredido por ladrões ao sair de uma igreja no Centro. Também citou a agressão sofrida por dois adolescentes no Baile da Cidade. Sofia contou que os jovens foram espancados por seguranças contratados pela Secretaria Municipal da Juventude. “Vivemos a ausência de uma política séria e articulada de proteção ao cidadão”, disse, criticando ainda as políticas de saúde e de trânsito da prefeitura. (CB)

BOCAS-DE-LOBO – Ervino Besson (PDT) fez um apelo à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para que não rejeite projeto de sua autoria que autoriza a prefeitura a colocar grades nas bocas-de-lobo. Segundo ele, a CCJ costuma derrubar matérias autorizativas. “A CCJ não pode barrar esse projeto, que deve ser discutido pela totalidade dos vereadores do plenário”, afirmou. Besson defendeu que seja permitido que o projeto chegue ao Executivo para que seus técnicos decidam o que fazer. (CB)

CRÍTICAS – João Dib (PP) disse que os vereadores de oposição devem ter cuidado com o que falam quando criticam os serviços da prefeitura. “Fica parecendo que a administração de José Fogaça é responsável por aquilo que eles não fizeram”, declarou.  “Se tudo funcionava tão bem após 16 anos de PT, como é que não agüentou um ano?” Dib também afirmou que a segurança seria melhor se o presidente da República não tivesse cortado verbas destinadas à área. (CB)

AGRESSÕES – Raul Carrion (PCdoB) pediu à Câmara Municipal que exija da prefeitura a identificação da empresa de segurança contratada pela Secretaria da Juventude que teria sido responsável pelas agressões a dois jovens no Baile da Cidade. O vereador disse que a Casa precisa convocar o representante da Secretaria da Juventude para dar explicações sobre o episódio, ocorrido na madrugada do dia 26 de março no Parque Farroupilha. (CB)

DEPUTADA – “A deputada Ângela Guadagnin (PT), como integrante do Conselho de Ética do Congresso Nacional, não poderia ter agido como agiu”. Com essa afirmação, Luiz Braz (PSDB) disse discordar de Ibsen Pinheiro (PMDB). Para o vereador, a deputada, ao dançar no plenário, foi deselegante e antiética. “Dizer que ela foi atacada por ser gordinha é um argumento ridículo”. Braz também solicitou que a bancada do PDT na Câmara Municipal elucide com urgência acusações que envolvem a Secretaria Municipal da Juventude, de agressão a jovens no Parque da Redenção, durante festa de aniversário da cidade. (HP)

ALTERNATIVA – Paulo Odone (PPS) citou a realização de congresso nacional de seu partido, em Belo Horizonte, onde, como salientou, foi discutida não apenas a apresentação de um nome como candidato à presidência em outubro, mas de um programa alternativo aos que estão atualmente em discussão. “Hoje o povo tem que escolher entre o modelo neoliberal dos tucanos e o do PT”. Conforme o vereador, existem correntes que pregam a comparação do Brasil com ele mesmo e não mais com outros países que se encontram na mesma situação. “Não querem mostrar que o Brasil vem apresentando um crescimento para baixo”, lamentou. (HP)

Andréia Bueno (reg. prof. 8148)
Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)