Discursos de Lideranças

Os vereadores de Porto Alegre abordaram os seguintes assuntos em tempo de Liderança na sessão desta quarta-feira (3/5):

CANDIDATO – Márcio Bins Ely (PDT) garantiu que Alceu Collares será o candidato ao governo do Estado pelo partido. “Não há espaço para outro tipo de articulação senão a da candidatura própria”, disse. O vereador lembrou que o PDT congrega o maior número de filiados no Rio Grande do Sul, que constituem um “exército de militantes” para lutarem pela educação, a mais importante bandeira do partido. Bins Ely também recordou que o PDT conta com oito deputados na Assembléia Legislativa. (CB)

REFUGIADOS – Clênia Maranhão (PPS) relatou sua participação no Congresso de Estudos sobre Migrações e Políticas Migratórias e de Asilo - Atualidade e Perspectivas, ocorrido em abril em Buenos Aires. No evento, promovido por universidades e patrocinado pela Organização Internacional para as Migrações (OIM) e pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), a vereadora divulgou a lei pioneira de sua autoria que transforma Porto Alegre em cidade-refúgio para pessoas perseguidas em virtude de sua posição política. (CB)

MACONHA – Cassiá Carpes (PTB) indagou à bancada do PT qual sua opinião sobre  evento programado para 7 de maio intitulado Dia Mundial da Legalização da Maconha. Segundo Cassiá, o evento é organizado pelo Diretório Central dos Estudantes da Ufrgs e a entidade Princípio Ativo, comandada por um petista que foi presidente do Conselho Municipal de Entorpecentes. O vereador garantiu que a mobilização para o dia 7 inclui a venda de camisetas e a distribuição de cartazes. “A Polícia Federal já está de olho”, afirmou, lembrando que a apologia às drogas é crime. (CB)

BOLÍVIA – Sofia Cavedon (PT) disse que a nacionalização do gás e do petróleo pelo governo da Bolívia merece reflexão, pois “dialoga com os novos tempos da nossa América Latina”. Na opinião de Sofia, o “povo sofrido” da Bolívia tem o direito de reivindicar maior poder sobre suas riquezas. “Claro que o Brasil deve lutar pela Petrobras, mas também faz parte de seus interesses lutar pela soberania dos países vizinhos”, afirmou. Segundo a vereadora, desde seu primeiro dia como presidente, Lula faz questão de construir um diálogo respeitoso com os países vizinhos. (CB)      

CONSELHOS - Maristela Maffei (PSB) convidou para o seminário que discutirá, no dia 2 de junho, a legislação dos conselhos tutelares na capital. Falou sobre a responsabilidade da Frente Parlamentar em Defesa da Criança e do Adolescente, que preside, e sugeriu proposta da Câmara com a OAB, Ministério Público, conselhos e demais órgãos ligados à criança e ao adolescente em defesa do assunto na cidade. Maristela manifestou ainda apoio à decisão do presidente boliviano de nacionalizar o petróleo em seu país. “Evo Morales e (Hugo) Chavez exercem a democracia. Não precisam instituir ditaduras para impor seus projetos”, afirmou. (AB)

PETRÓLEO - Cláudio Sebenelo (PSDB) classificou de hipócrita a amizade e o “endeusamento” ao presidente da Bolívia, Evo Morales. “Mesmo o presidente Lula, que perdoou a dívida da Bolívia, está brigando com Kirchner, Chaves e Morales”, disse o vereador, para quem o líder boliviano está tentando sobreviver a uma crise interna e colocar a população a seu favor. “Mas mais cedo ou mais tarde terá que retroceder porque faltará penicilina”. Ainda de acordo com  Sebenelo,  a Petrobras exerce uma das maiores formas de imperialismo, por meio do capitalismo internacional. “82% é um escore que não deixa dúvida”, falou, sobre a exploração do gás na Bolívia. (AB) 

PETRÓLEO II - Raul Carrion (PCdoB) lembrou que a nacionalização do petróleo e das reservas naturais era um compromisso de campanha do presidente boliviano. “Por isso Lula não está brigando com Evo Morales”, explicou, assegurando que o presidente brasileiro também irá defender os interesses de seu país. Segundo Carrion, “é possível países soberanos sobreviverem e encontrarem saída na negociação”. O vereador comunista também elogiou a MP assinada por Lula que “desburocratiza” os imóveis da União ocupados por famílias de sem-terra. (AB)

IMPRENSA - Ao registrar o dia alusivo à liberdade de imprensa, Clênia Maranhão (PPS) lamentou todas as situações de violência contra a liberdade de expressão. Lembrou que as tentativas de calar a imprensa não ocorrem apenas nos regimes de exceção e durante os conflitos bélicos, mas através de diferentes práticas de opressão e ameaças. “Em 2005, quase 800 jornalistas foram assassinados”, disse Clênia, ao defender o acordo internacional que destaca, entre outros pontos, que “não há pessoa nem sociedades livres sem a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa”. (AB)

BOLÍVIA - Ibsen Pinheiro (PMDB) afirmou que o Brasil nunca contestou a soberania da Bolívia sobre suas riquezas, tendo a Petrobras estabelecido um contrato soberano com aquele país nos últimos dez anos. “Este é um falso dilema.” Segundo Ibsen, a decisão da Bolívia se constitui em grave equívoco, baseado numa visão superada. “O tipo de nacionalismo boliviano é ingênuo ou demagógico, não tem mais espaço no mundo moderno.” (CS)

APOIO - João Dib (PP) afirmou estar “alarmado” pelo fato de o presidente Lula ter apoiado as eleições dos presidentes argentino, Nestor Kirchner, boliviano, Evo Morales, e venezuelano, Hugo Chavez. “Ele vai se reunir com seus três conselheiros, que estão fazendo o que podem contra o Brasil.” Segundo ele, Lula viaja tanto que esquece seu próprio país. “Não se deve esquecer que combustível é fator decisivo à elevação da inflação.” (CS)

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
Andréia Bueno (reg. Prof. 8148)