Plenário

Discursos de Lideranças

Os vereadores da Capital abordaram, nesta quinta-feira (20/4), em tempo de Liderança de seus partidos, os seguintes assuntos:

INVASÕES - Ervino Besson (PDT) lamentou os “atos de vandalismo e depredação” causados pelo MST em propriedades no interior do Estado. “É uma irresponsabilidade tamanha que não sei onde iremos chegar”, disse, esclarecendo que, como seu partido, defende a reforma agrária “legítima e ordeira”. Besson lembrou, entre outras questões, que os policiais destinados a promover a ordem nessas localidades poderiam estar na capital ou em outras cidades, onde também se reclama segurança. (AB)

INVASÕES II – José Ismael Heinen (PFL) disse que as ações do MST o deixam preocupado com a democracia. Segundo ele, a verdadeira grande obra do governo Lula são os sem-terra, pois vestiu a camiseta do MST alegando tratar-se de um movimento social. “O direito à propriedade privada e de ir e vir está ameaçado pelo MST”, lamentou. O vereador citou o caso de um integrante do MST que fez denúncias de assassinatos e expulsões dentro do movimento. Na sua opinião, são atos que atingem o estado de direito. (CB)

LULA – Raul Carrion (PCdoB) disse que o dia de ontem - consagrado ao índio - ficará marcado na história de Porto Alegre, do Rio Grande do Sul e do Brasil. Referiu-se à visita do presidente Lula ao Estado para inaugurar benfeitorias do Projeto Luz para Todos que levarão eletricidade a 7.500 caingangues e guaranis. Segundo Carrion, Lula também anunciou novas áreas indígenas, o aumento de vagas para essa etnia nas escolas e a realização da 1ª Conferência Nacional dos Povos Indígenas. Carrion ainda elogiou a liberação de verbas para o Cientec e a inauguração da nova emergência do Grupo Hospitalar Conceição. (CB)

LULA II – Carlos Comassetto (PT) lembrou que a visita de Lula ao Rio Grande do Sul foi a 14ª para inaugurar projetos e afirmou que não entende a razão pela qual os vereadores dos partidos de oposição ao governo federal ficam tão nervosos com isso. “Talvez não saibam o que é viver na escuridão”, disse, referindo-se ao Projeto Luz para Todos. Comassetto também afirmou não compreender por que Claudio Sebenelo (PSDB) criticou a inauguração da nova emergência do GHC. “Acho que não agüentam o sucesso do governo Lula”, declarou. (CB)

LICENÇAS – João Dib (PP) lamentou o fato de a leitura do pré-relatório da CPI da Biometria, hoje pela manhã, não ter contado com a presença da vereadora Clênia Maranhão (PPS), que o solicitou, juntamente com outros seis parlamentares. Dib, que preside a CPI,  garantiu que o objetivo da comissão é buscar solução para o número elevado de licenças de servidores municipais para tratamento de saúde. Também criticou o governo federal por anunciar a auto-suficiência do país em petróleo, mas  aumentar o preço do combustível e gastar R$ 36 milhões em publicidade. (CB)

CPI – “Tenho coragem, tranqüilidade e firmeza para levar essa CPI até seu final”. Essa afirmação foi feita por Neuza Canabarro (PDT) ao ler parte do pré-relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura o excesso de licenças médicas no serviço público municipal. Conforme disse ela, a comissão ainda não dispõe de dados suficientes para finalizar seus trabalhos: “Não podemos apenas nos basear em indícios ou denúncias”. Neuza salientou ser necessário visitar algumas escolas municipais e as secretarias municipais da Saúde e de Educação, entre outros órgãos. (HP)

GOVERNO – Elói Guimarães lamentou que o governo federal trate do caso da Varig com evasivas. “Vejam bem, gaúchos, essa questão não está sendo tratada com a seriedade que deveria.”. O vereador definiu como tragédia a atual situação do governo federal, devido às constantes denúncias de corrupção e desvios de dinheiro público. “O governo caiu, só resta o presidente que nada sabe. E não sou eu que diz, isso está nos meios de comunicação de todo o país.” Elói lembrou que também o ex-deputado Roberto Jefferson deverá responder por seu envolvimento nas denúncias. (HP)

MINISTRO – Clênia Maranhão (PPS) lamentou revelações feitas pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, na manhã desta quinta-feira, em depoimento na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. “Se espera de uma pessoa que ocupe este cargo distanciamento do privado para poder julgar. Mas ele fez justamente o contrário”. Clênia disse acreditar que ao presidente da República resta apenas demitir Bastos: “Fiquei chocada ao saber de seu envolvimento em redes de corrupção”. Para a vereadora, essa situação amplia a crise de ética do País. (HP)

VARIG – Sebastião Melo (PMDB) lamentou que em sua visita ao Estado na quarta-feira o presidente Lula não tenha anunciado apoio do governo federal à recuperação da Varig. “Essa é uma empresa não apenas gaúcha, mas brasileira.”. Melo recordou que o ex-ministro José Dirceu tentou promover a fusão da Varig com a TAM e lembrou que o governo poderia promover um encontro de contas, entre seus próprios débitos com a empresa, para contribuir com a recuperação pretendida. “O governo está com má vontade com a Varig”, afirmou. (HP)

AGRÁRIA – Maristela Maffei (PSB) ironizou seu colega Sebastião Melo informando que “ele estará hoje na reunião do Orçamento Participativo panfleteando sobre a circulação de carroças na cidade. Mas esqueceu de dizer que tem um projeto que elimina os carroceiros em oito anos. Estarei lá com um megafone dizendo isso a eles”. A líder do PSB também cumprimentou a CNBB “porque entre os lemas, os temas dessa entidade, está a questão agrária”. Maffei comentou que “a destruição da Aracruz foi defendida por autoridades e pela Igreja Católica. O bispo dom Thomaz, de 83 anos, por exemplo, disse o seguinte: essa empresa não tem autoridade moral porque em anos usou de violência e secou 1.500 nascentes”. (JP)

Andréia Bueno (reg. prof. 8148)
Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
Helio Panzenhagen (reg. Prof. 7154)
José Possas (reg. prof. 5530)