Plenário

Grande Expediente / Comunicações

Paulo Marques Foto: Elson Sempé Pedroso
Paulo Marques Foto: Elson Sempé Pedroso

Nos períodos de Grande Expediente e Comunicações da sessão desta segunda-feira (8/11), os vereadores de Porto Alegre abordaram os seguintes assuntos:

ATRELAMENTO - João Antonio Dib (PP) lamentou o atrelamento do Congresso Nacional ao governo federal. "São 513 deputados e 81 senadores e não conseguem ser independentes", disse. "O Executivo da União domina o Legislativo, e isso não é bom, pois o Legislativo deve fiscalizar o Executivo." Na opinião de Dib, o fato de o governo contar com "maioria absoluta" no Congresso deverá trazer "muitas coisas desagradáveis". O vereador voltou a defender a redução do número de parlamentares, inclusive na Câmara Municipal. "Em 2012 serão 37 vereadores; muito vereador para pouca cidade", afirmou.

SELETIVO - Luiz Braz (PSDB) comentou projeto de Paulo Marques (PMDB) que prevê a implementação de transporte seletivo para a Restinga. Segundo Braz, a proposta prevê o funcionamento de uma linha direta bairro-Centro-bairro em ônibus para 35 passageiros sentados. Braz informou que deu parecer favorável ao mesmo na Comissão de Constituição e Justiça para que o projeto avance. O vereador ainda defendeu que a proposta do Executivo de, via decreto, liberar os taludes do Arroio Dilúvio para grafitagem seja analisada pela Câmara. Segundo Braz, o aval do Legislativo é necessário pois a iniciativa "vai mudar completamente a cara da cidade". (CB)

TRANSPORTE - Paulo Marques (PMDB) comentou sobre projeto de sua autoria que institui linhas de transporte seletivo para os bairros Restinga e Belém Novo. "É uma luta de mais de 16 anos daquelas comunidades. Precisamos pensar a cidade como um todo e pra isso devemos enfrentar o problema do transporte do extremo sul", afirmou. Segundo ele, é competência do poder público prestar serviços aos cidadãos e contribuintes do município. "Se a prefeitura ou o poder público não tem como prestar o serviço, ele deve delegar para uma entidade particular fazer isso através de processo licitatório", argumentou. (ES)

PARTICIPAÇÃO - Sebastião Melo (PMDB) destacou algumas das atividades que participou durante o final de semana como os cursos da Capacita Poa destinados aos conselheiros do OP de Porto Alegre. "Precisamos dar um passo no processo de participação popular na cidade", avaliou. Segundo Melo, é necessário capacitação para que os cidadãos tenham bagagem para votar e lutar por seus projetos. "Porto Alegre é referência na participação popular, mas é preciso avançar muito da democracia participativa", disse ao referir-se à participação dos cidadãos pela internet em debates e votações. (ES)

MONOPÓLIO - Mauro Pinheiro (PT) elogiou o livro Porto Alegre, a Modernidade Suspensa, escrito por Adeli Sell (PT). Destacou a reflexão que a obra propõe sobre a cidade, abordando vários assuntos que são tratados pela Casa. Disse temer o risco do oligopólio e monopólio de grandes empreendimentos na cidade e lembrou que o comércio de bebidas, em Porto Alegre, sofre problemas de abastecimento em razão das principais marcas serem dominadas por uma empresa, que alega dificuldades para distribuição do produto. Citou também o exemplo da Walmart, que estaria sufocando os pequenos empreendimentos. (CS)

CIDADE - Adeli Sell (PT) lamentou que muitos setores em que Porto Alegre era vanguarda, atualmente, estão retrocedendo. Elogiou atual gestão da Carris, mas criticou a situação precária das praças na Capital. Segundo ele, a Praça da Matriz está sendo usada como espaço para moradores de rua e carrinheiros fazerem trabalho de separação de lixo. Da mesma forma, segundo ele, a Praça Garibaldi teve um monumento depredado. "Várias praças estão em situação de calamidade." Denunciou ainda que a empresa responsável pelo recolhimento do lixo não cumpre o contrato, pois não recolhe todo o lixo espalhado e não tem pessoal suficiente. (CS)

CPMF - Reginaldo Pujol (DEM) saudou conclusão da reforma do Plenário Ana Terra da Câmara Municipal, que comportará cem pessoas. Pujol se disse estupefato em saber que a presidente eleita, depois de ter se declarado contra aumento da carga tributária, estar cogitando a reedição da CPMF. "O povo brasileiro não quer pagar mais impostos." Segundo ele, a CPMF não conseguiu melhorar a situação da saúde. Também lamentou a demora em resolver os problemas de transporte coletivo na região sul de Porto Alegre. (CS)

Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
Ester Scotti (reg. prof. 13387)
Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)