Plenário

Grande Expediente / Comunicações

Na sessão desta segunda-feira (9/11), os vereadores de Porto Alegre abordaram os seguintes assuntos nos períodos de Grande Expediente e Comunicações:

ORÇAMENTO - Carlos Todeschini (PT) voltou a criticar o projeto de Orçamento enviado pelo Executivo à Câmara. "Mais uma vez o governo municipal repete os mesmos erros: superestima a receita e o investimento", disse. Conforme Todeschini, sequer os números são somados corretamente. "O governo engana a cidade a a Câmara", salientou. Todeschini disse que, para 2010, o Executivo anunciou investimentos de R$ 3,378 bilhões, mas o secretário da Fazenda já teria afirmado que o município arrecadará somente R$ 3,120 bilhões, ou R$ 258 milhões a menos. Na avaliação de Todeschini, isso significa que haverá menos investimentos em áreas fundamentais, como a saúde. (CB)

EMPURRA - DJ Cassiá (PTB) lamentou o "jogo de empurra" de um governo para o outro, o que, conforme alertou, se reflete na falta de atenção ao povo, que paga impostos, mas não tem atendidos seus direitos fundamentais, como saúde, educação, cultura, habitação e segurança, entre outros. "Na batida do vai e volta, quem dança é o povo, que acorda às 5 horas, pega o ônibus lotado, volta para casa às 21/22 horas e trabalha cinco dos 12 meses do ano para pagar impostos", afirmou. DJ Cassiá destacou, especialmente, a importância de investir em educação, cultura e prevenção, aproveitando para elogiar o prefeito José Fogaça e a secretária de Educação pelos projetos desenvolvidos na área de educação. (CB)

CULTURA - Sofia Cavedon (PT) agregou à fala do vereador Comassetto (PT) o problema, que considera sério, de gestão da cultura em Porto Alegre. Exemplificando o que chamou de abandono da cultura na capital, lembrou o auditório Araújo Viana, "palco de assembleias, de shows, de palestras e conferências importantes e memoráveis e que está fechado há seis anos por incompetência do governo municipal", disse. Segundo a vereadora, enquanto o município não investe na área, o governo federal tem investido em diversos programas de apoio à cultura. (CK)

OPOSIÇÃO - Alceu Brasinha (PTB) criticou a postura do vereador Carlos Todeschini (PT), que segundo ele não reconhece nada que tenha sido feito pelo prefeito José Fogaça. "Sabemos que o governo do PT fez coisas boas pra cidade e reconhecemos", disse Brasinha, afirmando que a bancada do PT não tem a mesma atitude com relação ao atual governo. (CK)

PDDUA - Ervino Besson (PDT) manifestou-se contrário à posição da vereadora Sofia Cavedon (PT), que teria destacado a ausência da base do governo na discussão do Plano Diretor (PDDUA). O vereador reafirmou a presença da base governista na análise da proposta do Executivo de revisão do PDDUA. "Todos nós, os 36 vereadores, temos o maior interesse em discutir o Plano Diretor", disse Besson. Lembrando que atualmente nenhum político consegue governar sozinho, o vereador comparou a atuação do governo Fogaça à de Lula. (CK)

DIVERGÊNCIA - Reginaldo Pujol (DEM) lamentou ato cometido pela vereadora Sofia Cavedon (PT) em não dar quórum durante a Ordem do Dia na sessão, por discordar sobre a votação do Plano Diretor. "Quero reiterar que cada vereador deve aceitar posições divergentes às suas. Se sairmos vitoriosos dos processos devemos aplaudir, caso contrário, devemos respeitar", ponderou. Segundo Pujol, não há atitude mais clara do que essa para representar a democracia tão defendida e pouco praticada por muitos parlamentares. "Existem paradoxos enormes nas ações de muitos colegas. Nossa responsabilidade maior é construir soluções e formas viáveis de melhorar a vida das pessoas". (ES)

MURO - Valter Nagelstein (PMDB) congratulou o governo da Alemanha pelas comemorações que marcaram o vigésimo ano da queda do Muro de Berlim. "Quero registrar a relevância da reunificação da Alemanha e sua libertação do Comunismo", saudou Nagelstein ao lembrar que o país caminhou para um novo rumo ao encerrar também a fase do Nazismo. No entanto, conforme destacou, é lamentável que mesmo depois da história mostrar os horrores do regime ainda existam simpatizantes pelo mundo. "Semana passada vimos neonazistas esfaquearem um funcionário negro do Trensurb. É difícil acreditar que isto permaneça vivo entre nós", alertou ao afirmar que o Brasil conta com 150 mil simpatizantes do regime. (ES)

Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
Carla Kunze (reg. prof. 13515)
Ester Scotti (reg. prof. 13387)