Plenário

Grande Expediente / Comunicações

Vereador Tarciso Flecha Negra Foto: Elson Sempé Pedroso
Vereador Tarciso Flecha Negra Foto: Elson Sempé Pedroso

Nos períodos de Grande Expediente e Comunicações da sessão desta quinta-feira (6/8), os vereadores de Porto Alegre abordaram os seguintes assuntos:

HABITAÇÃO - Nelcir Tessaro (PTB) cobrou "mais agilidade" do Executivo municipal para a área da habitação. O vereador contou que a Caixa Econômica Federal lhe informou que há autorizações para a construção de 6 mil unidades habitacionais populares em Porto Alegre. "Já seria um grande passo, mas, dessas 6 mil unidades, nenhuma tem projeto aprovado", lamentou. "Gostaria de saber do Executivo o que está acontecendo, por que essa dificuldade para a aprovação?" O vereador ainda lamentou o transporte coletivo deficiente para regiões afastadas do Centro, como os bairros Vila Nova e Restinga. (CB)

PIZZA - Fernanda Melchionna (PSOL) disse que o país e o Estado passam por momentos singularmente difíceis por conta dos escândalos de corrupção envolvendo o Senado e o governo gaúcho. Segundo a vereadora, apesar da gravidade das denúncias contra o presidente do Congresso, José Sarney, "desenha-se uma pizza", já que a Comissão de Ética do Senado arquivou todos os processos e representações apresentadas pelo PSOL. No Rio Grande do Sul, segundo Fernanda, da mesma forma haverá risco de pizza se Yeda Crusius não se afastar imediatamente do governo. "O Estado vive um momento triste, mas, para o PSOL, também é um momento de conforto. Há 15 meses, o partido já havia apresentado as denúncias agora oficializadas". (CB)

NOTAS – Adeli Sell (PT) questionou sobre a emissão de notas fiscais no comércio da cidade. “Normalmente temos que solicitar notas nos estabelecimentos que não dão de forma espontânea. Quem pede notas fiscais faz um serviço à Capital”, diz. Ele observa que a Secretaria da Fazenda tem se queixado da baixa das arrecadações nos últimos anos. Adeli coloca que notas fiscais podem ser juntadas e doadas para instituições que auxiliam, por exemplo, crianças com câncer e portadores de necessidades especiais. O vereador criticou o atual governo por não fazer campanhas como eram feitas em outras administrações. “Temos que chegar ao ponto de não termos mais que pedir nota”, concluiu. (LO)

SAÚDE – Sofia Cavedon (PT) disse que Porto Alegre vive uma epidemia com a gripe A, e que com o clima frio existe o agravamento destas doenças. Criticou o sistema de saúde da Capital e diz que ouve relatos que as unidades de saúde (US) estão com falta de pessoal. “A situação com a municipalização da US Murialdo só piorou, bem como em diversas regiões da cidade”, destacou. Segundo Sofia, houve uma desarticulação entre as secretarias de saúde do Estado e de Porto Alegre na questão do fechamento de escolas em razão da gripe A. “Não adianta cancelar as aulas se não há presença do sistema de saúde”. (LO)

SINALEIRA - Tarciso Flecha Negra (PDT) agradeceu ao diretor da EPTC, Luis Afonso Senna, que atendeu um pedido de providências feito pelo seu gabinete. “Finalmente, depois de 18 anos que a comunidade lutava por uma sinaleira nas esquinas das ruas Andradas com Bento Martins, a prefeitura atendeu”. Falou também que é dirigente de uma escolinha de futebol no Bairro Belém Novo e tem sido questionado pelos pais das crianças sobre se vai ou não interromper as atividades em função da gripe A. “Fico  na dúvida”, considerou o parlamentar ressaltando ser difícil decidir se deve ou não impedir que uma criança jogue futebol.(RA)

DECISÃO - Dr Thiago (PDT) destacou a decisão tomada pela Assembléia Legislativa em relação a gripe A. Informou aos demais vereadores que o parlamento gaúcho restringiu o acesso ao plenário e cancelou reuniões com grandes públicos. “Seria fundamental que a Câmara adotasse medidas como essas”, sugeriu. Dr. Thiago disse que evitar aglomerações é prioritário nesse momento. “Pelo menos até o final do mês”. Lamentou que as crianças não estejam indo às aulas, mas os pais estão deixando freqüentar shopping centers. “Isso pode aumentar o risco de contaminação”. (RA)

YEDA - Engenheiro Comassetto (PT) destacou a "avalanche de denúncias" em relação ao governo Yeda Crusius que, segundo ele, se caracteriza por ser uma "usina de crises". Lembrou que os vereadores dos partidos que integram a base do Governo Yeda deveriam ajudar a fazer com que o governo do Estado pague os R$ 40 milhões que deve ao Município na área da saúde. "O PMDB sustenta politicamente a governadora Yeda Crusius. O senador Pedro Simon tem um discurso em Brasília e outro no Estado. Gostaria que Simon reconhecesse falcatruas do governo Yeda, apoiado por ele até agora." (CS)

QUORUM - Luiz Braz (PSDB) salientou que a garantia de quorum no plenário não é obrigação de apenas da oposição ou da situação, mas de todos os partidos, embora se admita a retirada de quorum como estratégia política. Sobre as denúncias contra o governo do Estado, afirmou que o episódio não pode ser analisado isoladamente do que ocorre no país. Lembrou que o presidente Lula, no episódio do mensalão, dizia não saber de nada a respeito do que era denunciado. "Nenhum partido pode dizer, hoje, que é isento de qualquer tipo de corrupção. É preciso tentar vencer essa etapa histórica para que se possa construir uma nova sociedade." (CS)

Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
Regina Andrade (reg. prof. 8423)
Leonardo Oliveira (reg. prof. 12552)
 
Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)