Plenário

Grande Expediente e Comunicações

Nos períodos de Grande Expediente e de Comunicações da sessão plenária desta segunda-feira (5/4), os vereadores de Porto Alegre trataram dos seguintes assuntos:

PICARETA - Nilo Santos (PTB) disse que as investigações do Ministério Público só reforçam a tese de que o secretário Eliseu Santos estava fazendo uma faxina nesta empresa "podre" chamada Reação. "O que mais nos interessa é que tudo fique clareado para que não paire dúvida sobre a imagem de Eliseu." Nilo ainda criticou os vereadores que, em reunião da Cosmam neste ano, "endeusaram este picareta" da Reação, Renato de Mello, que agora é acusado de mandar matar o ex-secretário. (MAM)

BARES - Elias Vidal (PPS) sugeriu que os vereadores façam uma reflexão sobre projeto de sua autoria que disciplina o horário de funcionamento de bares e restaurantes na cidade. Para ele, estabelecimentos localizados em bairros residenciais não podem funcionar após as 22 horas. "As famílias têm direito ao descanso. Quem quiser beber até o amanhecer, terá de procurar uma casa noturna com o devido isolamento." (MAM)

INVESTIGAÇÃO - Engenheiro Comassetto (PT) lembrou que Eliseu Santos, ex-secretário municipal da Saúde que foi assassinado, relatou ter recebido ameaças de morte de dois motoqueiros que pararam ao seu lado na esquina das avenidas João Wallig e Nilo Peçanha. Segundo o vereador, Eliseu disse que eles falaram: "Tu estás nos perseguindo; nós vamos te matar". Conforme Comassetto, frente à preocupante fala do secretário e do representante da empresa Reação, que acusou a SMS de cobrar propina, a Câmara deveria ter se proposto a investigar as denúncias sobre irregularidades na saúde municipal. "Mas a Casa se negou a fazer essa investigação, que a oposição propunha", lamentou. (CB)

INVESTIGAÇÃO II - Aldacir Oliboni (PT) afirmou que o povo temquestionado por que a Câmara não investigou os indícios de irregularidades na saúde municipal. Lembrou que jamais o Executivo deveria ter aceitado fazer licitações com empresas suspeitas, fraudulentas e de fundo de quintal. "É natural saírmos pela rua e sermos questionados por que deixamos acontecer", declarou. Para Oliboni, é imprescindível que o dinheiro desviado da saúde seja devolvido para que sejam aplicado efetivamente na área. (CB)

RODOVIÁRIA - Alceu Brasinha (PTB) citou o tumulto ocorrido na Rodoviária na volta do feriadão, provocado pela imensa fila de pessoas que esperavam por um táxi. "A cidade trancou por causa disso", disse. Conforme Brasinha, a Rodoviária está saturada. Na sua opinião, outro fator que gera engarrafamentos é o limite de velocidade. "Numa lombada que aceita até 40km/h, as pessoas passam a 20 por hora", disse. Brasinha também fez um apelo para que Elias Vidal (PPS) retire o projeto que determina 22 horas como horário-limite de funcionamento de bares localizados em zonas residenciais. "Eu penso no bem do cidadão que gera emprego", afirmou. (CB)

ÁRVORES - Bernardino Vendrucolo (PMDB) propôs "enfrentar um debate com o pessoal da Secretaria Municipal de Meio Ambiente" sobre as árvores de Porto Alegre. Conforme o vereador, a população está "escravizada" pelo fato de ser tão difícil remover uma árvore, mesmo que ela atrapalhe o trânsito e ofereça risco à população. Vendruscolo mostrou o caso da Rua da República, na altura do número 720, em que os ônibus têm de desviar dos galhos das árvores. O vereador ainda cumprimentou a Câmara por se dispor a convidar o presidente do Instituto Histórico e Geográfico do RS, Gervásio Neves, para falar sobre sua teoria acerca da fundação da Câmara. (CB)

PARCERIA - Beto Moesch (PP), após fazer saudação inicial aos vereadores que estão voltando à Câmara, referiu temas como CPI da Saúde e morte do então secretário Eliseu Santos. “Ao menos, esta Casa tem que acompanhar os acontecimentos, até que os assuntos sejam elucidados. Independentemente de CPI, temos que acompanhar os fatos, somos parceiros”, disse o vereador. Ainda falando em saúde pública, Moesch falou da demora nos atendimentos pelo Sistema Único de Saúde na Capital, questionando: “O problema do SUS em Porto Alegre é problema de gestão ou é problema de repasses de Brasília?”. (AM)

 

Claudete Barcellos (reg. prof. 6481) 
Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
Ana Madeira (reg.prof. 4875)