Plenário

Saúde: Problemas na Vila Vargas dominam debates

População veio reivindicar melhorias nos postos de saúde da Região Leste Foto: Lívia Stumpf
População veio reivindicar melhorias nos postos de saúde da Região Leste Foto: Lívia Stumpf

Nos tempos de Liderança da sessão desta quarta-feira (11/11), os vereadores de Porto Alegre abordaram os seguintes temas:

MURIALDO - Carlos Todeschini (PT) cobrou a reabertura da Unidade Básica de Saúde II (UBS), da Vila Vargas, que atende famílias do Murialdo e entorno. Conforme o vereador, o público que ocupou as galerias do Plenário Otávio Rocha na tarde desta quarta-feira veio à Câmara para pedir socorro, já que cinco mil pessoas da vila estão tendo de se deslocar para obter atendimento de saúde. Conforme Todeschini, um dos muitos problemas detectados na região do Murialdo, segundo o vereador, é a falta de psiquiatras na unidade de saúde mental da Rua Tobias Barreto. De acordo com Todeschini, a fila por atendimento é de mais de dois anos. (CB)

MURIALDO II - Aldacir Oliboni (PT) anunciou que, se persistirem as dificuldades no atendimento de saúde no Murialdo, a população afetada deve exigir uma solução. "Vamos ocupar e invadir a prefeitura", conclamou. Na opinião do vereador, o prefeito José Fogaça deveria demitir o secretário municipal da Saúde, Eliseu Santos. Oliboni disse que, dos sete postos de saúde da região, apenas dois estão funcionando, deixando mais de 80 mil pessoas sem atendimento. O vereador pediu que a Câmara agende uma reunião entre a população e o secretário da Saúde no Murialdo para tentar uma solução para o caso. (CB)

MURIALDO III - João Antonio Dib (PP) criticou Aldacir Oliboni (PT) por "incitar o povo a invadir um prédio público". Conforme Dib, a prefeitura tem gastado mais em saúde do que o preceituado pela Constituição Federal. O vereador garantiu que a imoralidade é do presidente Lula e dos líderes de sua base no Congresso, "que não querem votar a emenda que amplia dos recursos para a saúde do país". Dib informou ainda que a Constituição determina um repasse de 10% da receita tributária da União para a saúde, mas não chega a 4% o destinado pelo governo federal. (CB) 

ATENÇÃO - Mauro Zacher (PDT) disse que seu partido se soma às reivindicações da comunidade da Vila Vargas, no Partenon, pela reabertura dos postos de saúde do Murialdo. Elogiou as pessoas que vieram à Câmara solicitar a intermediação do Legislativo junto ao Executivo. Zacher concorda quer o melhor caminho, no momento, é a criação de uma comissão que levante as principais necessidades da comunidade e as leve diretamente ao prefeito. "A comunidade quer e precisa de atenção imediata." (MAM)

MANOBRA - Fernanda Melchionna (PSOL) questionou o destino do dinheiro que o Estado estaria repassando mensalmente ao município desde a municipalização do postos do Murialdo. Conforme ela, o governo estadual repassa R$ 300 mil por mês para Porto Alegre. "Mas se há cinco postos fechados no Murialdo, para onde está indo o dinheiro?" Fernanda criticou também vereadores que acusaram a comunidade de ser massa de manobra da oposição por ter vindo protestar na Câmara hoje. (MAM)

DEMAGOGIA - Nilo Santos (PTB) criticou vereadores que, segundo ele, trazem as comunidades de ônibus para a Câmara para então fazer discurso demagógico na tribuna. Lembrou que o Murialdo foi municipalizado no começo do ano e que o Estado sequer ainda entregou as chaves para a Prefeitura. Para Nilo, o PT percebeu que a solução está próxima e agora quer "colocar suas digitais" para depois dizer que participou desta solução. "Mas a verdade é que quando governou o Estado e a cidade, o PT tratou a comunidade da Vila Vargas como quem trata um cachorro sarnento." (MAM)

NEGOCIAÇÃO - Toni Proença (PPS) elogiou a comunidade por procurar a Câmara na tentativa de solucionar o problema do fechamento de postos do Murialdo. Lembrou que o Legislativo é um espaço para a mediação de conflitos e que acredita numa solução negociada para o problema. "A comunidade pode contar com os vereadores. E pode ter certeza também que tanto o prefeito quanto o secretário municipal de Saúde querem solucionar a questão." (MAM)

SAÚDE – De acordo com  o Dr. Raul (PMDB), a reivindicação da comunidade da Vila Vargas é justa: "o atendimento está precário". Conforme ele, a região do Partenon está carente. A unidade de saúde 2, que está fechada, lembrou, precisa de reforma. Este é momento de tratar do problema e fazer com  que a reabertura seja de acordo para que a comunidade  volte a ter o atendimento com uma infraestrutura  que já obteve. “A Câmara  deve intermediar o problema que é muito e o tempo é pouco”, argumentou. (RT)

Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)  
Regina Tubino Pereira (reg. prof. 5607)
Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)