Lideranças

Os vereadores de Porto Alegre abordaram os seguintes temas nos tempos de Lideranças da sessão desta quarta-feira (13/4):

GASOLINA – João Antônio Dib (PP) lamentou os freqüentes aumentos do preço da gasolina, apesar de a presidente Dilma ter dito que não quer o encarecimento do combustível e embora ministros reafirmem que o valor do petróleo não sobe há nove anos. Dib alertou para o perigo de alta da inflação provocada pelo aumento dos combustíveis. Também contou que sempre abastece seu carro no mesmo posto, tendo notado que, na semana passada, a gasolina custava R$ 2,089 e agora custa R$ 2,099. Também disse que, viajando para Novo Hamburgo, flagrou uma variação de gasolina de R$ 2,072 até R$ 3,03 por litro. (CB)

GASOLINA II – Carlos Todeschini (PT) disse que entende a preocupação de João Dib (PP) com o crescimento da inflação, mas garantiu que o governo federal está certo quando afirma que o valor petróleo não sobe há muito tempo. O aumento da gasolina, segundo ele, é provocado por fatores como a mistura de álcool exigida por lei. “O álcool sim está com o preço aviltado”, reafirmou, atribuindo esse aumento à quebra de safra e ao aquecimento do mercado mundial de açúcar. Todeschini disse que o problema também pode ter origem “na especulação e no oportunismo do comércio varejista” de combustíveis. (CB)

BRIGADIANOS – Pedro Ruas (PSOL) defendeu o apoio dos vereadores à PEC Brigadiana - emenda de iniciativa popular -, que altera a Constituição Estadual ao vincular o piso salarial de todos os militares da Brigada Militar ao piso concedido aos coronéis da corporação. Segundo Ruas, trata-se de uma causa justa ligada à “segurança que queremos e exigimos”. O vereador lembrou que as associações de tenentes, sargentos, cabos e soldados da BM estão com estande de coleta de assinaturas no saguão do plenário para requerer apoio à PEC. O vereador lamentou que o Rio Grande do Sul tenha o segundo pior soldo de policiais militares do país. (CB)

LOTAÇÕES – Engenheiro Comassetto (PT) mostrou-se surpreso com o projeto do Executivo com novas regras para os táxis-lotações, mas defendeu que, como o ocorrido na Cuthab ontem, seja aprofundado o debate sobre esse modal de transporte. Comassetto voltou a defender a criação de linhas de lotação para o Extremo-Sul da cidade e lembrou que projeto de sua autoria, “parado na CCJ”, institui o serviço para os bairros Hípica, Restinga Velha e Restinga Nova, além de Lajeado/Lami e Belém Novo. Segundo o vereador, o projeto do Executivo não estabelece objetivamente a criação de linhas para o Extremo-Sul. (CB)

LOTAÇÃO – João Dib (PP) destacou ser o transporte público assunto de relevância para qualquer cidade. “Quando falta transporte a cidade para”, argumentou. Segundo ele, é justo pedir serviço de lotação para a zona sul, mas que deve ficar claro que a tarifa não será a mesma. “Já sugeri que as empresas que fazem as linhas de ônibus apresentem transporte seletivo. E não existe lei que proíba aumentar as lotações na Capital. Foi decisão minha, como secretário, que mandou parar, por decreto, parar a ampliação das lotações”, justificou. Dib avaliou que transporte se faz com planejamento, fiscalização e tarifa justa. (LO)
 
COMPENSAÇÃO – Nilo Santos (PTB) sugeriu ao Executivo que os grandes empreendimentos executados na cidade, que trabalham com compensações à sociedade, direcionem as contrapartidas para área social. “Eles se instalam e asfaltam ruas, abrem praça. Mas por que não compensar com programas de combate à miséria, que atuem na retirada de pessoas que morem nas ruas?”, questionou Nilo. De acordo com o vereador, apenas com pavimentação e praça, que considera bom, não resolve os grande problemas. “Nosso maior problema não é uma rua sem asfalto. O maior problema são as crianças que dormem embaixo dos viadutos e adultos que estão nas esquinas”, argumentou. (LO)

PROJETO – Airto Ferronato (PSB) informou que recebeu documento do Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania) dando conta de que existem recursos de mais de R$ 1 milhão destinados a projeto na praça da Juventude, no bairro Bom Jesus. “São  R$ 1.462.500,00 que a comunidade da Vila Bom Jesus precisa e deve estar preocupada. Este projeto tinha prazo e foi prorrogado para 30 abril”, informou. Segundo Ferronato, ainda não foi elaborado o projeto e o prazo se esgotará em breve. “O bom administrador executa, mas precisa pensar no futuro estratégico da cidade, elaborando projetos”. Ele informou que o processo foi remetido para a SMOV e que é difícil elaborar projeto em tão pouco tempo. (LO)
 
ANIMAIS – Luciano Marcantônio (PDT) destacou a entrega pelo prefeito José Fortunati aos vereadores, hoje pela manhã, do projeto de lei do Executivo propondo a criação da secretaria especial dos direitos dos animais. “Existe uma parcela imensa de cidade que está angustiada pela falta de políticas públicas para os animais”, ressaltou. Marcantônio entende que o assunto envolve saúde e ambiente, e também a inclusão de carroceiros e carrinheiros. “A secretaria vai ao encontro de uma grande parcela da sociedade que se sente refém dos maus tratos, mas não vê por parte do gestor público e sociedade civil força para reverter este quadro”, avaliou. (LO)

Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
Leonardo Oliveira (reg. prof. 12552)