Lideranças
Nos discursos de Liderança desta segunda-feira (9/6) os vereadores trataram dos seguintes temas:
ESTADO I - Maristela Maffei (PCdoB) lamentou os últimos momentos vividos pelo Estado. "O que resta para a sociedade é uma dor que cala profundamente, por ver tantos envolvidos com o dinheiro que deveria estar sendo investido na cidade". A vereadora também destacou a importância do debate sobre a questão do financiamento das campanhas eleitorais. "O uso do dinheiro público tem sido uma prática corriqueira, porque muitos não sentem compromisso com a moralidade". Segundo Maffei, diversas lideranças comunitárias estão sendo contratadas irregularmente. "Nós estamos atentos, e o TRE também deverá estar. É uma questão de princípios, e tem que valer para todos", defendeu. (TG)
ESTADO II - Margarete Moraes (PT) considerou que há degradação moral e administrativa do atual governo do Rio Grande do Sul. "Assistimos estarrecidos a derrubada da máscara do novo jeito de governar, que de novo não tem nada: se trata da velha coalizão do governo Britto, que liquidou o patrimônio público do Estado". A vereadora lembrou que o ex-chefe da Casa Civil, Cezar Busatto, em conversa gravada pelo vice-governador Paulo Feijó, disse que Detran, Daer e Banrisul eram financiadores de partidos e ajudaram a reeleger governadores. "A crise é séria. É o desgoverno do Rio Grande do Sul", disse, salientando que o conteúdo da gravação deve ser discutido. (TG)
DILMA - Cláudio Sebenelo (PSDB) avaliou que há certa promiscuidade entre governo federal e empresariado, destacando as acusações feitas pela ex-diretora da Anac, Denise Abreu, de que a ministra Dilma Roussef favoreceu a venda da VarigLog e da Varig. "A chamada de capa do jornal Folha de São Paulo diz que é uma das mais cínicas articulações entre governo e negócio privado". Para Sebenelo, o jornal flagra uma das maiores vergonhas da história do país. "Nós não queremos que isso se repita no Rio Grande do Sul, e por isso, aqui, todos os acusados foram demitidos". (TG)
PARTIDOS - João Antônio Dib (PP) examinou que Feijó tinha o direito de gravar sua conversa com Busatto, "mas não o de levar a gravação à imprensa e à CPI do Detran". Para o vereador, a governadora Yeda Crusius não pode ser acusada de corrupção. "Ela não cometeu nenhuma irregularidade e demitiu o secretariado". Dib citou os casos de Duda Mendonça, Zé Dirceu, Marcos Valério e o Mensalão. "Aqueles que fazem coisas erradas não podem jogar pedras. Todos os partidos tem os bons e os ruins", acrescentou. "Quem é honesto, segue honesto, e quem é desonesto, não tem perdão: há de ser desonesto sempre". (TG)
CUMPRIMENTO - Neuza Canabarro (PDT) cumprimentou o presidente do Legislativo, vereador Sebastião Melo (PMDB), por ter negado o pedido da bancada petista que quer convocar o ex-secretário Cesar Busatto, que teve conversa gravada pelo vice-governador, para depor na Casa. Não entro no mérito da atitude do vice, mas seremos poupados de assistir uma cena vexatória, disse a vereadora. Na opinião de Neuza, Busatto não honra a tradição gaúcha. Ele não tem ética nem moral, considerou alertando que as declarações dele são muito graves. (RA)
APROVEITADORES - Alceu Brasinha (PTB) julgou precipitada a atitude de quem está pedindo a saída da governadora Yeda Crusius do governo do Estado. De acordo com o vereador, são pessoas que se aproveitam da situação para tumultuar mais a crise que está instalada no Rio Grande. Brasinha defende ser necessária uma investigação no primeiro momento. Até agora não há nada que incrimine a governadora. O vereador considera que a governadora está frágil e com o estado emocional abalado. Ela deve ser respeitada. Acho que muitos se aproveitam porque ela é mulher. (RA)
ÉTICA - Jsoé Ismael Heinen (Dem) disse estar indignado com a atual cultura política que vive o país neste momento. Devemos estar solidários apenas com a verdade e a moral política. Na opinião do vereador, os escândalos que envolvem a política nacional e estadual chegaram no ápice. Chegamos num momento onde devemos repensar profundamente nossa maneira de fazer política e reconsiderar alguns conceitos, defendeu. Heinen justificou que usa a expressão cultura política porque os escândalos envolvem todos os partidos indistintamente. Temos que nos livrar desses oportunismos que envolvem a política. (RA)
REVELADORES - Na opinião de Sofia Cavedon (PT) os últimos acontecimentos envolvendo a política estadual são extremamente reveladores. Considerou que o ex-secretário da Casa Civil, César Busatto, tentou subornar o vice-governador Paulo Feijó, quando disse não ser possível governar sem a maioria nos parlamentos e que para tanto, seria necessário fazer loteamento de cargos. As próprias palavras dele dizem que é preciso fazer concessões. Ressaltou que o requerimento da bancada petista solicitando a presença de Busatto na Casa é justamente para explicar essas concessões. Até porque ele diz que na prefeitura de Porto Alegre também foi preciso fazer concessões. (RA)
ERROS - Luiz Braz (PSDB) citou o "atire a primeira pedra que nunca errou" para ressaltar que nenhum partido está livre de denúncias. Lembrou o caso do Clube da Cidadania, durante o governo Olivio Dutra (PT), e que o governo do PT no Estado mandou a Ford embora, causando perda de empregos. "No DMLU, Darci Campani foi condenado a devolver dinheiro por má gestão durante a Administração Popular." Também destacou que o presidente Lula, recentemente, aplaudiu Jáder Barbalho, "apontado como um dos maiores ladrões surgidos na política". Segundo ele, não há nada provado contra a governadora Yeda Crusius, "que tirou o Estado da situação de bancarrota e está dando um rumo ao Rio Grande do Sul". (CS)
CRÍTICAS - Elias Vidal (PPS) criticou Sofia Cavedon (PT). "O PT vem à tribuna com ar de felicidade e deboche, mas quem paga a conta é o povo." Segundo ele, a vereadora deveria explicar como o PT cooptou deputados em Brasília no caso do mensalão. "O PT não tem moral para vir à tribuna fazer denúncias." Vidal ressaltou que o PT aposta que população tenha esquecido escândalos nas administrações petistas e lembrou que ex-prefeito João Verle está respondendo processo por ter deixado contas não pagas. Destacou que o prefeito José Fogaça recebeu a prefeitura com contas empenhadas para serem pagas. "Município dava calote. Durante 16 anos, PT endividou o Município." (CS)
REFORMA - Haroldo de Souza (PMDB) apelou pelo começo da reforma política e considerou "uma vergonha" os fatos que vêm se acumulando na política. Para ele, as várias explicações dadas pelos envolvidos nas denúncias servem apenas para manter o jogo político. Citou petistas envolvidos em denúncias, como a ministra Dilma Roussef no caso VarigLog, e lembrou que o seu partido, o PMDB, também tem dirigentes envolvidos em denúncias, como Renan Calheiros e ex-governador Garotinho. Haroldo defendeu tese de que, nas campanhas eleitorais, cada vereador deveria receber R$ 50 mil, registrados em cartório e mediante comprovante de gastos. (CS)
Taidje Gut (reg. prof. 13614)
Regina Andrade (reg. prof. 8423)
Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)