Plenário

Lideranças

No período de Lideranças, na tarde desta quarta-feira (2/4), os vereadores de Porto Alegre abordaram os seguintes assuntos:

SACOLAS – Maristela Maffei (PCdoB) comentou projeto de sua autoria e do vereador Bernardino Vendruscolo (PMDB) que obriga os grandes supermercados e estabelecimentos comerciais de Porto Alegre a utilizarem sacolas e sacos de material reciclável. Maffei argumentou que leva, em média, 400 anos para o plástico se deteriorar, além do prejuízo causado à natureza. Disse também que alguns países da Europa cobram taxas altíssimas de quem utiliza sacolas plásticas. “Devemos enfrentar esse desafio e tentar fazer com que Porto Alegre, como outras cidades do Brasil, utilize somente sacolas de pano. (RT)

INFECÇÃO I - Raul Fraga (PMDB) também falou da infecção que afeta os hospitais de Porto Alegre. Disse que, no Hospital de Pronto Socorro (HPS), é impossível controlar este tipo de bactéria, pois recebe gente doente de todo Estado. Falou ainda que, na Câmara, já foi discutida a possibilidade de implantar um fórum permanente que discuta a situação dos hospitais da cidade. “Seria um centro de debates”, enfatizou. Comentou também que a falta de funcionários nas UTIs hospitalares é um dos motivos para o grande número de infecções. “Cada enfermeiro atende até três pessoas, aumentando a possibilidade de transmissão de infecções.” (RA)

SEGURANÇA – José Ismael Heinen (Dem) falou de temas que considera gravíssimos e que têm preocupado os cidadãos da Capital. Na sua opinião, segurança pública, violência e educação são os principais. “Como se não bastasse, agora temos este que afeta a área da saúde.” Falou que, apesar de toda a crise, o governo federal cortou verbas para as áreas da saúde e educação. “Na saúde, os investimentos baixaram de 16% para 11% e na educação a redução foi de 8% para 6%”, informou Heinen. Na opinião do vereador, não é admissível que em pleno século XXI o Brasil ainda conviva com doenças como malária, tuberculose e febre amarela. “Precisamos urgente de políticas voltadas a estancar estas calamidades”. (RA)

ORÇAMENTO - João Antônio Dib (PP) citou o Relatório de Atividades e o Balanço da Administração Direta relativa a 2007, entregue para os vereadores na segunda-feira (31/3). "Nos dois primeiros meses, a prefeitura empenhou R$ 445 milhões e arrecadou R$ 500 milhões". Dib expôs as previsões para 2008 e o que já foi arrecadado até agora, para IPTU, ITBI, ICMS e outros. "O que me preocupa é o Dmae. No ano passado, o Dmae tinha a previsão de R$ 341 milhões e arrecadou R$ 293 milhões. Nesse ano, aumentou sua previsão para R$ 367 milhões e, nos dois primeiros meses, arrecadou 13,8% do previsto. Se mantiver essa média, não arrecadará sequer o valor do ano passado", concluiu. (TG)

INFECÇÃO II - Cláudio Sebenelo (PSDB) explicou que a infecção por bactéria, que se proliferou em hospitais da Capital, é freqüente em hospitais do mundo inteiro. "Em todos os continentes, especialmente nos países tropicais, existe a morte por septicemia pela acinetobacter sp", disse. "Esse germe é transmitido pelo trabalho das pessoas que lidam com o paciente na  UTI e é resistente a todos os antibióticos".  Para o vereador, a higienização do ambiente e dos funcionários do hospital é fundamental. "É fundamental que as UTIs interrompam seu trabalho e os pacientes sejam examinados, porque existe um alto índice de mortalidade. Este é um problema de saúde pública que nada tem a ver com o processo de gestão." (TG)

INFECÇÃO III - Dr. Goulart (PTB) falou sobre a bactéria acinetobacter sp. "Outra situação que enfrentamos é a de os hospitais serem perto uns dos outros. Existe muita mobilidade de quem está sendo atendido". Para Goulart, a proliferação não é um problema de gestão. "A gestão está sendo bem feita. A questão é a entrada e saída de doentes". O vereador também defendeu que mais funcionários deveriam estar trabalhando. "É o momento de reunirmos nossas forças e construirmos um sistema, porque uma pessoa sozinha não vai conseguir. O prefeito e o secretário estão empenhados há muitos anos nisso. A Câmara tem que se unir às instituições e buscar soluções, independente do partido". (TG)

INFECÇÃO IV - Guilherme Barbosa (PT) considerou a questão das bactérias como esclarecida. "A base do governo municipal precisa esclarecer agora matéria do jornal Correio do Povo que diz que a direção do hospital admite a falta de 300 profissionais, presença de ratos e pombos. Pesquisei e descobri que um rato vive no máximo dois anos. Se o governo Fogaça tem três anos, esse hospital está andando para trás." O vereador falou também sobre licitação que a Secretaria Municipal de Obras e Viação está propondo para a iluminação pública. "Trata-se de uma verdadeira privatização da iluminação pública em Porto Alegre. Essa licitação é dirigida e superfaturada", denunciou. (TG)

Regina Tubino Pereira (reg. prof. 5607)
Regina Andrade (reg. prof. 8423)
Taidje Gut (reg. prof. 13.614)